A campanha também é um movimento de reação diante do luto dos alunos e professores pela morte do radialista e professor da PUC-SP e do Centro Universitário Belas Artes, André Naveiro Russo, de 50 anos. Depois de 10 dias internado por complicações da doença do novo coronavírus, Russo veio a óbito no domingo.
Por Redação, com RBA - de São Paulo
Professores e estudantes do curso de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) fazem campanha para pressionar o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a abrir o processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Lançado no último domingo, o movimento “Pergunte ao Lira” convida profissionais da imprensa que atuam no Congresso Nacional a questionar o deputado sobre o que falta para o acolhimento de um entre os mais de 120 pedidos de afastamento já protocolados no Legislativo.
A comunidade universitária aponta responsabilidade de Bolsonaro pelas mais de 504 mil vidas perdidas em decorrência da covid-19 . Para alunos e professores “há uma escalada de morte, ódio e descaso no país” estimulada pela “omissão” do governo federal. Em nota, o movimento afirma que o presidente da Câmara “tem o dever constitucional de responder pelo adiamento do início do processo que pode livrar o país da mais nefasta administração já registrada e, assim, impedir a morte de outras centenas de milhares de brasileiros e brasileiras”.
“Até quantas mortes o deputado Lira vai esperar para atender o clamor de uma nação?”, questionam.
Esforços
A campanha também é um movimento de reação diante do luto dos alunos e professores pela morte do radialista e professor da PUC-SP e do Centro Universitário Belas Artes, André Naveiro Russo, de 50 anos. Depois de 10 dias internado por complicações da doença do novo coronavírus, Russo veio a óbito no domingo. Dedicado à educação e à formação de seus alunos, o jornalista era adorado em seu meio e por colegas de profissão que lamentaram sua morte.
Nas palavras do fotógrafo e professor de Jornalismo da PUC, atual diretor da Faculdade de Filosofia, Comunicação, Letras e Artes (Faficla) da instituição, Cristiano Burmester, o radialista era alguém que “não media esforços para informar, alertar a população do que está acontecendo”.
— Não dar uma explicação efetiva em relação a isso, que é uma demanda da sociedade, essa mobilização social que não é apenas dos partidos políticos, mas da sociedade organizada como um todo, aponta que algo não está sendo feito — concluiu.