O corpo do profissional foi encontrado por policiais militares depois que moradores ligaram denunciando o ocorrido. A PM foi ao local e acionou os bombeiros, mas José já estava sem vida.
Por Redação, com agências de notícias – do Rio de Janeiro
José Paulo dos Santos, de 58 anos, era motorista de aplicativo há sete anos. Cauteloso, não entrava em áreas de risco com seus passageiros, que eram avisados de que precisariam desembarcar na entrada da comunidade, em um ponto seguro para todos. Mas, na tarde de segunda-feira, sua passageira, posteriormente identificada como namorada de um criminoso, não aceitou descer antes. Ela acionou criminosos, que coagiram o profissional e o espancaram até a morte.
Seu José deixou esposa e um filho de criação. Ele saiu para um dia normal de trabalho e não retornou. Morador da Trindade, em São Gonçalo, ele conhecia bem a região e sabia quais eram os pontos considerados de alto risco, segundo a família.
– Ele aceitou uma corrida e, quando chegou na entrada da comunidade, se recusou a entrar, como sempre fazia quando eram locais de risco. Combinava com o passageiro e o deixava o mais perto possível. A passageira se negou a descer e acionou os bandidos para que fossem até a entrada da comunidade. Lá, ele foi obrigado a entrar com o carro e o agrediram até a morte – contou um familiar.
O corpo do profissional foi encontrado por policiais militares depois que moradores ligaram denunciando o ocorrido. A PM foi ao local e acionou os bombeiros, mas José já estava sem vida. O carro foi recuperado e não tinha nenhuma avaria, mas o celular da vítima foi roubado pelos criminosos, possivelmente para dificultar que a polícia identifique a passageira que solicitou a corrida.
– Ele era muito trabalhador, uma excelente pessoa, muito família. Eu vi na internet o carro dele e na hora liguei pra minha mãe. Fomos até o local e vi o corpo dele lá – disse o filho da vítima, muito abalado, no Instituto Médico Legal (IML), de Tribobó.
Violência
A esposa de José também acompanhou o processo de liberação do corpo e, mesmo muito abalada, falou do caso. “Quando ele desconfiava que o local era de risco, ele já cancelava a corrida. Não merecia isso”,
O corpo do motorista de aplicativo ainda está no IML e a família não tem informações sobre horário de sepultamento.
O caso está sendo investigado por agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo.