Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Moro tende aceitar candidatura ao Senado e desistir da Presidência

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Terça, 26 de Outubro de 2021 às 12:27, por: CdB

A possível candidatura de Moro poderia embaralhar o cenário eleitoral para o Senado em SP e seria uma reviravolta para a própria 'Terceira Via'. Uma campanha dele para o parlamento no estado poderia fortalecer Doria, caso o tucano seja escolhido pelo partido para disputar a Presidência.

Por Redação - de São Paulo
A candidatura de Sergio Moro ao Senado por São Paulo passou a ser discutida entre lideranças que tentam colocar em pé o que definem como "terceira via" nas eleições de 2022. Ele deve se filiar ao Podemos nos próximos dias.
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Moro teria mais chances de ser eleito caso fosse candidato pelo Estado do Paraná
Moro sempre foi próximo e manteve diálogo com o PSDB do Estado, que deve lançar Rodrigo Garcia para o governo de SP e sustenta a pré-candidatura de João Doria à Presidência da República. A eventual candidatura de Moro poderia embaralhar o cenário eleitoral para o Senado em SP e seria uma reviravolta para a própria 'Terceira Via'. Uma campanha dele para o parlamento no Estado poderia fortalecer Doria, caso o tucano seja escolhido pelo partido para disputar a Presidência. A disputa ao Senado pelo governo do Paraná, Estado onde nasceu e atuou, seria mais tranquila — mas, para isso, uma das maiores lideranças do partido, o senador Álvaro Dias, teria que desistir da reeleição.

Ministro

Moro candidato ao Senado pelo Paraná poderia, por outro lado, fortalecer o nome de Álvaro Dias para ser vice de algum candidato a presidente. Lideranças do Podemos acreditam também que o desempenho de Moro nas pesquisas para presidente pode ser tão superior ao de outros nomes que pretendem se firmar como terceira via que sua candidatura à sucessão de Jair Bolsonaro pode se tornar incontornável. Moro teve suas sentenças revistas no Supremo Tribunal Federal (STF) que incriminavam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o retiraram da corrida presidencial, em 2018. Os atos, considerados graves pela magistratura, estavam alinhados à campanha do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que acabou eleito. Moro, então, foi convidado a integrar o governo, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, cargo do qual pediu demissão após ser pressionado a realizar mudanças suspeitas na Polícia Federal. Após a demissão, Moro foi convidado a integrar uma empresa norte-americana que se beneficia com as sentenças da Operação Lava Jato.
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