Rio de Janeiro, 26 de Março de 2025

Milícia mata ao menos 51 civis em ataque no Congo

Militantes da Codeco atacaram o grupo de vilarejos de Djaiba, incendiando casas cheias de pessoas, atirando e decapitando moradores com facões.

Terça, 11 de Fevereiro de 2025 às 14:53, por: CdB

Militantes da Codeco atacaram o grupo de vilarejos de Djaiba, incendiando casas cheias de pessoas, atirando e decapitando moradores com facões.

Por Redação, com Reuters – de Goma

Militantes armados mataram ao menos 51 civis durante um ataque a um grupo de vilarejos na província de Ituri, no leste da República Democrática do Congo, disseram nesta terça-feira um parlamentar e um membro da sociedade civil.

milicia.jpg
Militantes armados mataram ao menos 51 civis durante um ataque

Na segunda-feira à noite, militantes da Codeco atacaram o grupo de vilarejos de Djaiba, incendiando casas cheias de pessoas, atirando e decapitando moradores com facões.

Na noite anterior, eles realizaram um ataque a um acampamento local para pessoas deslocadas internamente antes de serem repelidos pela força de manutenção da paz da ONU, conhecida como Monusco.

O chefe do grupo de vilarejos, localizado no território de Djugu, na província de Ituri, Jean Vianney, disse que militantes da Codeco realizaram o ataque, que começou por volta das 20h de segunda-feira, matando 52 pessoas.

– Há pessoas feridas, muitas queimadas até a morte em suas casas – afirmou ele, acrescentando que soldados congoleses e forças de paz da ONU estacionadas na área não intervieram.

Floribert Byaruhanga, parlamentar do território Djugu, disse que o número de mortos, incluindo 18 crianças, era de 51.

Listas de um grupo da sociedade civil em Ituri mostraram que 51 pessoas foram mortas durante a noite de segunda para terça-feira.

Um morador de Djaiba que sobreviveu ao massacre, Daniel Kisembo, disse à agência inglesa de notícias Reuters que contou 51 corpos, a maioria deles carbonizados.

Várias milícias

A Codeco é uma das várias milícias que lutam por terras e recursos no leste do Congo. No passado, ela foi acusada pelas Nações Unidas de ataques contra outras comunidades, incluindo pastores Hema, que poderiam constituir crimes de guerra e crimes contra a humanidade. A maioria dos residentes no território de Djugu é Hema.

O porta-voz do Exército provincial, Jules Ngono, disse que os soldados tentaram ajudar, mas chegaram tarde demais para evitar a carnificina.

Edições digital e impressa