Rio de Janeiro, 05 de Julho de 2025

Michelle Bachelet renuncia candidatura a segundo mandato na ONU

No início de junho, mais de 230 organizações de direitos humanos exigiram a demissão de Bachelet, acusando-a de "branqueamento de atrocidades", prisões em massa e abusos em Xinjiang", território autônomo habitado por várias minorias étnicas, principalmente os uigures, durante sua recente visita à China.

Segunda, 13 de Junho de 2022 às 07:24, por: CdB

No início de junho, mais de 230 organizações de direitos humanos exigiram a demissão de Bachelet, acusando-a de "branqueamento de atrocidades", prisões em massa e abusos em Xinjiang", território autônomo habitado por várias minorias étnicas, principalmente os uigures, durante sua recente visita à China.

Por Redação, com ABr - de Nova York 

A alta-comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Michelle Bachelet, anunciou nesta segunda-feira que não vai se candidatar a um segundo mandato após 31 de agosto.
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A alta-comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH), Michelle Bachelet
– No momento em que o meu mandato chega ao fim, esta 50ª sessão do Conselho será a última em que falarei – disse a ex-presidente chilena, de 70 anos, na sessão de abertura do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas, nesta segunda-feira em Genebra, na Suíça. A porta-voz do ACNUDH, Ravina Shamdasani, citada pela agência Associated Press, confirmou que Bachelet não irá buscar um segundo mandato de quatro anos quando o atual terminar em 31 de agosto. O atual mandato de Bachelet foi recentemente ofuscado por críticas à sua resposta ao tratamento dado pela China aos uigures e outras minorias muçulmanas.

Organizações de direitos humanos

No início de junho, mais de 230 organizações de direitos humanos exigiram a demissão de Bachelet, acusando-a de "branqueamento de atrocidades", prisões em massa e abusos em Xinjiang", território autônomo habitado por várias minorias étnicas, principalmente os uigures, durante sua recente visita à China. Para os ativistas, durante a viagem, Michelle Bachelet legitimou "a tentativa de Pequim de encobrir os crimes, usando o falso enquadramento de `contraterrorismo` do governo chinês e referindo-se repetidamente aos campos de internação pela designação do governo chinês: centros de Educação e Treino Profissional". Os governos ocidentais e as organizações não governamentais (ONG) dos direitos humanos acusam a China de deter mais de 1 milhão de uigures e membros de outras minorias muçulmanas em campos de reeducação. Os ativistas pediram ainda ao secretário-geral da ONU, António Guterres, para que não propusesse a renovação do mandato de Bachellet.
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