O leilão será restrito a hidrelétricas e usinas movidas a gás e biocombustíveis, excluindo geradoras a diesel e carvão. Durante um seminário em Belém, no final de novembro de 2024, Silveira havia indicado que a portaria seria emitida até o final do ano passado.
Por Redação – de Brasília
O Ministério de Minas e Energia anunciou, em portaria assinada pelo ministro Alexandre Silveira, nesta quinta-feira, o aguardado leilão de reserva de capacidade que, uma vez realizado, injetará o equivalente ao consumo de Portugal na matriz energética brasileira. A publicação oficial consta do Diário Oficial da União (D.O.U), com o leilão marcado para junho deste ano.
O leilão será restrito a hidrelétricas e usinas movidas a gás e biocombustíveis, excluindo geradoras a diesel e carvão. Durante um seminário em Belém, no final de novembro de 2024, Silveira havia indicado que a portaria seria emitida até o final do ano passado, mas atrasos nas diretrizes resultaram na nova data.
Capacidade
Dados do Operador Nacional do Sistema (ONS) indicam que o governo precisará contratar energia equivalente ao consumo de toda a população portuguesa apenas para atender à rampa de consumo. A estratégia inclui ampliar a capacidade das hidrelétricas existentes e destinar mais energia para termelétricas a gás e biocombustíveis, com vista à transição energética, que prevê o aumento na atividade das fontes geradoras de energia limpa.
Empresas como Copel e Cesp estão entre as que buscam expandir sua capacidade instalada sem a necessidade de novas usinas.
Parques movidos a biocombustíveis, como etanol e biodiesel, terão cotas de energia reservadas, com contratos de 15 anos para novas usinas e sete anos para as existentes, desde que ofereçam tarifas mais competitivas. As entregas de energia iniciarão em setembro de 2025 e se estenderão até julho de 2030.