Mandatário neofascista insiste em tese ridícula e comete gafe
Aos jornalistas, durante uma entrevista coletiva, Bolsonaro chamou o premiê húngaro Viktor Orbán de "meu irmão dadas as afinidades", e celebrou "valores que nós representamos, que podem ser resumidos em quatro palavras: Deus, Pátria, Família e Liberdade”.
Quinta, 17 de Fevereiro de 2022 às 13:39, por: CdB
Aos jornalistas, durante uma entrevista coletiva, Bolsonaro chamou o premiê húngaro Viktor Orbán de "meu irmão dadas as afinidades", e celebrou "valores que nós representamos, que podem ser resumidos em quatro palavras: Deus, Pátria, Família e Liberdade”.
Por Redação, com agências internacionais - de Budapeste
Na visita improvisada à Hungria, nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou uma série de mentiras e teses consideradas ridículas pela totalidade dos analistas políticos do país, ao reafirmar que o possível recuo de parte das tropas russas teria sido uma coincidência, “ou não”, ressalvou, à sua presença na região. Em um rápido discurso Bolsonaro (PL) se colocou, ainda, como um integrante da lista de representantes da direita neofascista mundial.
Embora Bolsonaro negue, seu governo está citado como um dos mais corruptos do mundo
Aos jornalistas, durante uma entrevista coletiva, Bolsonaro chamou o premiê húngaro Viktor Orbán de "meu irmão dadas as afinidades", e celebrou "valores que nós representamos, que podem ser resumidos em quatro palavras: Deus, Pátria, Família e Liberdade”, repetindo o slogan do extinto movimento de orientação nazista chamado de ‘Barrigas Verdes’.
Esta, no entanto, não é a primeira vez que o mandatário neofascista usa o mote, baseado no fascismo italiano das décadas de 1920 e 1930, adotado por fascistas brasileiros da Ação Integralista e pela mais longeva ditadura europeia do século XXI, a comandada de 1933 a 1974 por António de Oliveira Salazar em Portugal.
Ucrânia
Em outra gafe diplomática, Bolsonaro chamou o país de quase 10 milhões de pessoas de "pequeno grande irmão" do Brasil. O brasileiro voltou a insistir numa mentira sugerida por ele e replicada com sucesso nas redes bolsonaristas, com vídeo falso, de que ele teria influenciado Vladimir Putin, o presidente russo que visitara na véspera em Moscou, a decidir tirar partes das tropas que circundam a Ucrânia.
— Discutimos a possibilidade ou não de uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Por coincidência, quando estávamos em voo (rumo a Moscou), houve o anúncio” — afirmou.
E completou com a notícia falsa:
— Sendo coincidência ou não, a guerra não interessa a ninguém.
Na realidade, não há qualquer relação causal entre a decisão russa e a chegada horas depois do brasileiro a Moscou. Na contramão do que afirmava o representante brasileiro durante a visita à Hungria, a disputa diplomática entre Rússia e os Estados Unidos escalava para um novo patamar do conflito.
A tensão, nesta quinta-feira, foi reforçada pela expulsão pela Rússia do vice-embaixador dos EUA em Moscou, Bart Gorman. Segundo o Departamento de Estado, "a ação não foi provocada e nós a consideramos um passo escalatório. Estamos considerando nossa resposta".