Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Mandatário já admite greve dos caminhoneiros, após alta dos combustíveis

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Segunda, 08 de Novembro de 2021 às 13:25, por: CdB

Bolsonaro acrescentou que a perda com uma eventual paralisação dos caminhoneiros será generalizada, incluindo a própria categoria, e voltou a criticar a Petrobras pelos dividendos que paga a seus acionistas, entre eles a União.

Por Redação - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já admite o rompimento de líderes do movimento de caminhoneiros, diante do alto preço dos combustíveis. O mandatário disse, nesta segunda-feira, que há a possibilidade de uma greve dos caminhoneiros "parar o Brasil" se houver um novo reajuste no preço do diesel.
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A proposta de greve dos caminhoneiros recebeu um apoio crítico das centrais e movimentos sociais
— Você não tem como fazer milagre, é uma correia de transmissão essa questão. Inclusive a Petrobras já fala em um novo reajuste. Eu não vou omitir informações, essa é uma realidade que está acontecendo e você vê já cada vez mais crescendo a tendência de caminhoneiros de parar o Brasil — disse, em entrevista à Jovem Pan Curitiba. Bolsonaro acrescentou que a perda com uma eventual paralisação dos caminhoneiros será generalizada, incluindo a própria categoria, e voltou a criticar a Petrobras pelos dividendos que paga a seus acionistas, entre eles a União, que é a maior detentora de ações da companhia. Ele apontou a estatal como uma das responsáveis pela elevação dos preços dos combustíveis. — Não pode ter um monopólio estatal que prejudica o povo como um todo, agora a maior forma de prejudicar o povo como um todo é a inflação — acrescentou. O mandatário não revelou de quem teria obtido a informação de que a estatal petrolífera poderia reajustar o preço dos combustíveis.

Diesel caro

Na última segunda-feira, 1º de novembro, os caminhoneiros em várias partes do Brasil realizaram uma nova greve da categoria. Descontentes com os aumentos dos combustíveis e com as propostas do governo para o setor, caminhoneiros decidiram manter a paralisação e confirmar sua realização em nota conjunta de representantes da categoria, divulgada no dia 21 de outubro. A ideia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de criar um auxílio para atender 750 mil caminhoneiros autônomos não foi suficiente para a categoria. O presidente anunciou a medida sem detalhar o valor do benefício, fonte dos recursos, nem tempo de duração do apoio. O preço do combustível subiu 37,25% em agosto na comparação com o mesmo período do ano passado. Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) disse que "é necessário mudar urgente esse cenário”.
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