A oportunidade começou em 3 de março e termina em 1º de abril. Nesse período, deputados federais, estaduais e distritais podem trocar de legenda sem risco de perder o mandato. A janela foi regulamentada e inserida no calendário eleitoral na reforma de 2015. Sua criação permite a reacomodação das forças partidárias antes do teste nas urnas.
Por Redação - de Brasília
A janela partidária, que permite a troca de legenda por parte de parlamentares, começou há 20 dias e 55 deputados federais já mudaram de partido. O número já representa 10% da Câmara e a maioria das mudanças tem finalidade eleitoral, com vistas também às disputas para o Senado e governos de Estado.
A oportunidade começou em 3 de março e termina em 1º de abril. Nesse período, deputados federais, estaduais e distritais podem trocar de legenda sem risco de perder o mandato. A janela foi regulamentada e inserida no calendário eleitoral na reforma de 2015. Sua criação permite a reacomodação das forças partidárias antes do teste nas urnas, de acordo com suas conveniências políticas.
De acordo com o levantamento do portal, parte das trocas foi motivada pelo desejo de deputados se manterem na mesma legenda do pré-candidato a presidente da República que apoiam. Como exemplo disso, o maior beneficiário é o PL, novo partido do presidente Jair Bolsonaro. Antes da janela partidária, a legenda contava com 42 deputados federais, mas com a entrada de bolsonaristas o partido saltou para 63, e tem agora a maior bancada na Câmara.
Perdas
O PT, principal partido de oposição, atualmente, detém a segunda maior bancada da Câmara dos Deputados, com 54 parlamentares. Entretanto, a legenda pode perder Marília Arraes (PE), que, em razão de divergências políticas regionais, negocia a transferência para o Solidariedade para disputar uma vaga no Senado ou para o governo de Pernambuco.
Um dos mais afetados pela janela partidária foi o União Brasil, resultado da fusão entre DEM e PSL. Atualmente, a legenda conta com 52 deputados, mas já chegou a ter 81. O partido foi perdendo parlamentares para o PL, para onde migrou a maior parte dos bolsonaristas então abrigados no PSL. Nos próximos dias, a bancada pode voltar a crescer com a oficialização da entrada de Danilo Forte (CE), que já anunciou saída do PSDB.
O PTB teve a bancada reduzida em 40% e já é a maior perda proporcional até agora.