Campos Neto entrou em contato com Lula por meio de carta solicitando a reunião, segundo duas pessoas com conhecimento do assunto que disseram à Bloomberg News. O presidente concordou, mas pediu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o acompanhasse.
Por Redação - de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, reuniram-se pela primeira vez desde que o líder petista assumiu em janeiro e iniciou uma campanha para pressionar a autoridade monetária a baixar juros para ajudar a impulsionar o crescimento.
Campos Neto entrou em contato com Lula por meio de carta solicitando a reunião, segundo duas pessoas com conhecimento do assunto que disseram à Bloomberg News. O presidente concordou, mas pediu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o acompanhasse.
A reunião, no Palácio do Planalto, constava nas agendas públicas de Lula e Campos Neto. As iniciativas de Campos Neto e Lula foram vistas como gestos de boa vontade que somente foram possíveis agora que o BC começou a cortar juros, disseram as pessoas, pedindo anonimato porque o assunto não é público.
A última vez que se encontraram foi durante o governo de transição, quando a equipe de Lula achou Campos Neto arrogante, segundo repercussão nas redes sociais.
Diretoria
Após assumir o cargo, Lula criticou o Banco Central diversas vezes, questionando a necessidade de sua autonomia e criticando Campos Neto por manter os juros no nível mais alto em seis anos.
Seis meses após o início do desentendimento público com uma instituição dominada por indicações de Jair Bolsonaro, Lula começou a moldar seu futuro. Em dezembro, mais duas vagas serão abertas na diretoria do BC, constituída de nove membros, incluindo o presidente da autoridade.
Procurado pela reportagem do Correio do Brasil, o BC não atendeu imediatamente a um pedido de comentário.