Rio de Janeiro, 31 de Março de 2025

Lula está pronto a sancionar LDO de 2025, aprovada no Congresso

O texto aprovado estabelece a margem de tolerância na meta fiscal de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos.

Quarta, 18 de Dezembro de 2024 às 20:44, por: CdB

O texto aprovado estabelece a margem de tolerância na meta fiscal de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos. Em valores absolutos, a LDO prevê que o resultado primário poderá variar entre déficit de R$ 31 bilhões e superávit primário de R$ 31 bilhões em 2025.

Por Redação – de Brasília

O Congresso aprovou em votação simbólica, nesta quarta-feira, o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025. O relatório aprovado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) na noite passada estabelece, entre outros pontos, a previsão de uma meta de déficit zero para o Orçamentos Fiscal e a Seguridade Social em 2025. O texto agora será agora encaminhado para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta ao trabalho na semana que vem

O texto aprovado estabelece a margem de tolerância na meta fiscal de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para mais ou para menos. Em valores absolutos, a LDO prevê que o resultado primário poderá variar entre déficit de R$ 31 bilhões e superávit primário de R$ 31 bilhões em 2025, considerando a margem de tolerância.

Não serão consideradas na meta de deficit primário as empresas do Grupo Petrobras, as empresas do Grupo Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar); e as despesas do Orçamento de Investimento destinadas ao Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), limitadas a R$ 5 bilhões.

 

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Salário mínimo

O texto também prevê reajuste do salário mínimo para R$ 1.502 reais em 2025. O valor, entretanto, ainda pode ser modificado devido ao pacote de cortes de gastos enviado pelo governo, que ainda não foi votado. O parecer aprovado na comissão, de relatoria do senador Confúcio Moura (MDB-RO) acolheu 694 emendas ao texto, que possui cerca de mil páginas.

Os congressistas alteraram , ainda, o texto aprovado na Comissão Mista de Orçamento nos pontos relativos ao Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos, o Fundo Partidário e ao contingenciamento de emendas parlamentares. Em relação ao Fundo Partidário, o texto aprovado na comissão estabelecia que o fundo deveria ser corrigido segundo as regras do novo arcabouço fiscal em 2025, limitado a até 2,5% acima da inflação do ano anterior. Com a alteração, a correção do fundo partidário será feita pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

 

Mudanças

Já em relação às emendas parlamentares, os congressistas retiraram a previsão de o governo contingenciar emendas parlamentares quando necessário. Agora, se o Executivo desejar contingenciar as emendas, deverá respeitar a mesma proporção aplicada às demais despesas discricionárias.

Ao apresentar as alterações, Confúcio Moura ressaltou ser contra todas elas, mas as promoveu em respeito a um acordo de líderes partidários, nas duas Casas.

— É uma referência ao fundo partidário. Há uma divergência corrigida na mensagem do executivo de que o mecanismo seria corrigido na mesma proporção das receitas da Justiça Eleitoral. Os líderes partidários não concordaram. Se houver contingenciamento de despesas do Executivo, elas não incidirão sobre as emendas parlamentares — resumiu.

Para aquelas emendas parlamentares de transferência especial, as chamadas ‘emendas PIX’, foi mantido o relatório de Confúcio Moura, determinando que seja informado previamente o plano de trabalho, com objeto e valor do repasse. A falta do plano pode implicar na suspensão da execução da emenda. Outra regra da LDO prevê que não serão vedados repasses federais a municípios com população inferior a 65 mil habitantes que estejam inadimplentes.

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