Durante a reunião ministerial, a ministra da Saúde disse enfrentar críticas e pressões políticas, particularmente relacionadas aos desvios e perdas de produtos nos hospitais federais do Rio. Emocionada, Trindade recebeu o apoio do presidente, que fez questão de reforçar sua permanência no cargo.
12h59 - de Brasília
No dia seguinte à reunião ministerial, realizada na véspera, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou claro para os integrantes do chamado ‘Centrão’ que, apesar de sua preocupação com a demora do governo em lidar com os casos de dengue e a crise nos hospitais federais do Rio de Janeiro, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, permanecerá no cargo.
— Ela é ministra minha, não sai — disse o presidente, a interlocutores.
Lula determinou, ainda, que a ministra realize uma "limpeza geral" nos hospitais federais do Rio de Janeiro, em resposta à situação crítica revelada pela mídia conservadora, no domingo. Uma reportagem expôs problemas como aparelhos médicos quebrados, materiais vencidos e uma rede elétrica comprometida, colocando em risco a vida de pacientes e profissionais de saúde.
Demissões
Durante a reunião ministerial, a ministra da Saúde disse enfrentar críticas e pressões políticas, particularmente relacionadas aos desvios e perdas de produtos nos hospitais federais do Rio. Emocionada, Trindade recebeu o apoio do presidente, que fez questão de reforçar sua permanência no cargo.
Após o encontro, Nísia Trindade iniciou imediatamente ações para resolver os problemas nos hospitais, com a demissão do diretor de Gestão Hospitalar no Rio, Alexandre Telles.
Lula também abordou a questão dos casos de dengue, que se disseminam por todo o país, e criticou a ênfase excessiva da área de Comunicação do governo em falar sobre vacinas, quando não há vacina disponível para todos. Segundo Lula, os prefeitos precisam realizar ações de prevenção em vez de esperar por um imunizante ainda indisponível.