Apesar da oscilação estar dentro da margem de erro, o índice atual é o melhor desde janeiro de 2024, quando o presidente também registrou 51,2%.
Por Redação – de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomou a maioria na aprovação popular, tanto no Brasil quanto na América Latina. Internamente, segundo pesquisa da AtlasIntel em parceria com a agência norte-americana de notícias Bloomberg, divulgado nesta sexta-feira, 51,2% dos brasileiros avaliam positivamente o desempenho do governo, enquanto 48,1% o desaprovam. Apenas 0,6% dos entrevistados preferiram não opinar sobre o assunto.

Os números representam uma pequena variação positiva em relação ao mês anterior, quando Lula tinha 50,8% de aprovação. Apesar da oscilação estar dentro da margem de erro, o índice atual é o melhor desde janeiro de 2024, quando o presidente também registrou 51,2%. Na época, porém, a desaprovação era menor, atingindo 45,4%.
O levantamento revela ainda diferenças significativas entre os grupos demográficos. A aprovação de Lula é mais expressiva entre mulheres (55,7%), pessoas com mais de 60 anos (67,9%) e aqueles com ensino superior completo (60,3%). O presidente também é mais bem avaliado entre os que têm renda familiar acima de R$ 10 mil (64,6%), agnósticos e ateus (81,3%) e moradores do Nordeste (54,8%).
Na outra ponta, os índices são mais baixos entre homens (46,1%), pessoas de 25 a 34 anos (39,1%), brasileiros com até o ensino médio (43,1%) e famílias com renda de até R$ 2 mil (6%). Entre os evangélicos, a aprovação é de apenas 27,6%, enquanto no Centro-Oeste atinge 37,2%.
A pesquisa foi realizada entre 15 e 19 de outubro de 2025 e ouviu 14.063 pessoas por meio de recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). O levantamento tem margem de erro de um ponto percentual e nível de confiança de 95%.
Vantagem
Ainda no Brasil, Lula mantém a liderança em todos os cenários de primeiro e segundo turnos para as eleições presidenciais de 2026, de acordo com a pesquisa. Segundo a apuração, Lula tem ampla vantagem tanto sobre adversários da direita quanto do centro. No primeiro turno, o presidente aparece com 51,3% das intenções de voto, seguido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 30,4%. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), soma 6%.
Em outro cenário, Lula atinge 51%, contra 26,2% da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), enquanto Caiado sobe para 9,1%. Em uma terceira simulação, o presidente mantém os 51%, com Caiado chegando a 15,3%, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), registrando 10,6% e o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), 10,4%.
O estudo também testou um cenário sem a presença de Lula. Nesse caso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), teria 43,1% das intenções de voto, contra 30,1% de Tarcísio e 7% de Caiado — resultado que mostra a força do campo lulista mesmo sem o presidente na disputa.
Nos cenários de segundo turno, Lula mantém a dianteira em todas as simulações. O petista chega a 52% das intenções de voto em disputas contra Tarcísio de Freitas (44%), Michelle Bolsonaro (43%) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (44%). Contra Romeu Zema, Lula vence por 52% a 35%; diante de Ronaldo Caiado, por 52% a 36%; e, frente ao governador do Paraná, Ratinho Jr., por 51% a 37%.
Ranking
No cenário latino-americano, o presidente Lula e a líder mexicana Claudia Sheinbaum aparecem como os chefes de Estado mais bem avaliados da região. O levantamento da AtlasIntel em parceria com a Bloomberg revela, ainda, o alto índice de aprovação dos dois líderes em comparação a seus pares regionais.
A pesquisa aponta que Lula e Sheinbaum aparecem na liderança do ranking de popularidade. A presidente do México ocupa o primeiro lugar, com 64% de aprovação, enquanto o presidente brasileiro registra 51%. Ambos superam outros nomes importantes do cenário latino-americano, como Gabriel Boric, do Chile (41%), e Javier Milei, da Argentina (40%).