Com forte atuação em São Paulo, Alckmin tem contato com policiais militares e também generais que passaram pelo Comando Militar do Sudeste, mas não divulga com quem tem conversado. Aliados de Lula têm buscado nas Forças Armadas a garantia de que não haverá apoio em caso de uma tentativa de golpe por parte de Jair Bolsonaro (PL).
Por Redação - de São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escalou o candidato a vice-presidente em sua chapa, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), para reforçar o time de aliados que mantêm contato com as Forças Armadas. Alckmin se junta a Nelson Jobim, Jaques Wagner (PT-BA) e Celso Amorim para dialogar com os militares.
Com forte atuação em São Paulo, Alckmin tem contato com policiais militares e também generais que passaram pelo Comando Militar do Sudeste, mas não divulga com quem tem conversado. Aliados de Lula têm buscado nas Forças Armadas a garantia de que não haverá apoio em caso de uma tentativa de golpe por parte de Jair Bolsonaro (PL).
Um dos coordenadores da pré-campanha de Lula, o ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT) confirma as conversas com militares.
— Temos dialogado, sim, por meio de vários interlocutores, sobre a conjuntura, a democracia e a pauta do interesse do setor, com vistas a um futuro governo Lula-Alckmin — disse aos repórteres do diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP), nesta quinta-feira.
Programa
O ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes Ferreira, quadro histórico do PSDB que já declarou apoio a Lula no primeiro turno da eleição presidencial deste ano, diz que as Forças Armadas não pretendem conflitar com Lula.
— Ele prestigiou muito as Forças Armadas, a estratégia nacional de Defesa, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), teve bons comandantes. Não acredito que tenha maiores problemas — afirmou.
Ainda nesta quinta-feira, representantes dos setes partidos da coligação “Vamos Juntos pelo Brasil", que dá sustentação à chapa Lula-Alckmin (PT-PSB), para discutir o texto inicial que expõe as diretrizes para a criação do programa de governo da candidatura que representa o grupo.
Consulta
Presidente da Fundação Perseu Abramo, o ex-ministro Aloizio Mercadante, coordenador da elaboração do programa, afirma que os partidos 'avançaram na convergência das diretrizes'.
O texto ainda passará, segundo Mercadante, por mais alterações e deverá passar por uma consulta popular até 15 de junho. A palavra final será do ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB).