Lula adiantou que, na semana que vem, haverá uma reunião entre a Casa Civil e o Ibama, para saber o que falta para autorizar a Petrobras a pesquisar as perspectivas da região.
Por Redação – de Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou, nesta quarta-feira, da demora por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para autorizar a Petrobras a perfurar poços em busca de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, litoral do Amapá. A região tem grande potencial de conter reservatórios de petróleo, no entanto, a exploração é questionada por ambientalistas, em razão de possíveis danos ao ecossistema.

— Não é que vou mandar explorar, eu quero que ele seja explorado. Agora, antes de explorar, temos que pesquisar, temos que ver se tem petróleo, a quantidade de petróleo, porque muitas vezes você cava um buraco de 2 mil metros de profundidade e não encontra o que imaginava — disse o presidente, em entrevista a uma rádio de Macapá (AP).
Fauna
Lula adiantou que, na semana que vem, haverá uma reunião entre a Casa Civil e o Ibama, para saber o que falta para autorizar a Petrobras a pesquisar as perspectivas da região.
— É isso que nós queremos. Se depois a gente vai explorar, é outra discussão. O que não dá é pra ficar nesse lenga-lenga, o Ibama é um órgão do governo parecendo que é um órgão contra o governo — acrescentou o presidente.
A Margem Equatorial abrange cinco bacias em alto-mar, entre elas, a Bacia da Foz do Amazonas, no litoral do Amapá, cuja licença para prospecção marítima foi negada em maio de 2023 e gerou debates públicos sobre a exploração da região. Na ocasião, o Ibama alegou que a decisão foi tomada “em função do conjunto de inconsistências técnicas” para uma operação segura em nova área exploratória, como deficiência no ‘Plano de Proteção à Fauna’.