Rio de Janeiro, 26 de Março de 2025

Lula fala em ‘lenga lenga’ do Ibama para autorizar prospecção no Amapá

Lula adiantou que, na semana que vem, haverá uma reunião entre a Casa Civil e o Ibama, para saber o que falta para autorizar a Petrobras a pesquisar as perspectivas da região.

Quarta, 12 de Fevereiro de 2025 às 19:55, por: CdB

Lula adiantou que, na semana que vem, haverá uma reunião entre a Casa Civil e o Ibama, para saber o que falta para autorizar a Petrobras a pesquisar as perspectivas da região.

Por Redação – de Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reclamou, nesta quarta-feira, da demora por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para autorizar a Petrobras a perfurar poços em busca de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, litoral do Amapá. A região tem grande potencial de conter reservatórios de petróleo, no entanto, a exploração é questionada por ambientalistas, em razão de possíveis danos ao ecossistema.

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A Foz do Rio amazonas apresenta a maior concentração de afluentes do curso d’água

— Não é que vou mandar explorar, eu quero que ele seja explorado. Agora, antes de explorar, temos que pesquisar, temos que ver se tem petróleo, a quantidade de petróleo, porque muitas vezes você cava um buraco de 2 mil metros de profundidade e não encontra o que  imaginava — disse o presidente, em entrevista a uma rádio de Macapá (AP).

 

Fauna

Lula adiantou que, na semana que vem, haverá uma reunião entre a Casa Civil e o Ibama, para saber o que falta para autorizar a Petrobras a pesquisar as perspectivas da região.

— É isso que nós queremos. Se depois a gente vai explorar, é outra discussão. O que não dá é pra ficar nesse lenga-lenga, o Ibama é um órgão do governo parecendo que é um órgão contra o governo — acrescentou o presidente.

A Margem Equatorial abrange cinco bacias em alto-mar, entre elas, a Bacia da Foz do Amazonas, no litoral do Amapá, cuja licença para prospecção marítima foi negada em maio de 2023 e gerou debates públicos sobre a exploração da região. Na ocasião, o Ibama alegou que a decisão foi tomada “em função do conjunto de inconsistências técnicas” para uma operação segura em nova área exploratória, como deficiência no ‘Plano de Proteção à Fauna’.

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