Rio de Janeiro, 14 de Junho de 2025

Lula define reforma presidencial com vistas às eleições

Luiz Inácio Lula da Silva antecipa mudanças ministeriais visando as eleições de 2024, buscando garantir governabilidade e fortalecer sua base eleitoral.

Segunda, 26 de Maio de 2025 às 17:05, por: CdB

A antecedência na definição dos cargos objetiva uma margem de tempo suficiente para o Palácio do Planalto fechar os acordos políticos.

Por Redação – de Brasília

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trabalha nos bastidores para apontar quais ministros desembarcarão do governo, no ano que vem, para disputar as eleições e quais permanecerão no cargo até o fim do mandato, por atuar em pastas consideradas estratégicas. A antecedência na definição dos cargos objetiva uma margem de tempo suficiente para o Palácio do Planalto fechar os acordos políticos capazes de assegurar a governabilidade e formar uma massa eleitoral consistente naqueles Estados decisivos para a reeleição.

Lula define reforma presidencial com vistas às eleições | O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

A reconfiguração da Esplanada dos Ministérios, segundo apurou o diário Valor Econômico, em matéria publicada nesta segunda-feira, poderá atingir áreas-chave como Casa Civil, Fazenda, Planejamento, Agricultura e Minas e Energia. Entre os nomes mais citados para deixar o governo estão Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Carlos Fávaro (Agricultura).

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), é apontado como uma das figuras mais estratégicas para o pleito, seja como possível candidato ao governo de São Paulo ou ao Senado.

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Novo ciclo

O Senado tem sido uma das maiores preocupações de Lula para o ciclo eleitoral de 2026. Como casa revisora, os senadores têm prerrogativas decisivas, como a análise de pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (Stf). Garantir uma base forte nesse campo é essencial para proteger conquistas institucionais e barrar ofensivas da extrema direita.

Diante deste cenário, a presença de Haddad em São Paulo é vista como uma candidatura decisiva para o embate contra o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Nas pesquisas, o petista se mantém em posição confortável na disputa ao Senado.

A possível saída de Haddad, porém, tem sido um ponto de inflexão para o mercado financeiro, que têm no ministro uma âncora de previsibilidade da política econômica. Ainda assim, segundo fontes ouvidas pelo jornal, o ex-prefeito de São Paulo é fiel à orientação do presidente quanto ao seu futuro político.

Reeleição

A ministra Simone Tebet também está entre as possibilidades em discussão por seus aliados, com uma candidatura ao Senado para conter o avanço da direita. A composição de uma chapa com Lula em eventual reeleição, ou mesmo a permanência no governo até o fim do mandato são cartas que Tebet têm na manga.

O ex-governador baiano Rui Costa, por sua vez, já admitiu publicamente sua disposição para disputar o Senado. Em fevereiro, em entrevista à Rádio Metrópole da Bahia, disse que seu nome está colocado.

— Evidentemente, ainda tenho que conversar com o presidente no ano que vem — concluiu o ministro.

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