Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Para Lula, Conselho de Segurança da ONU tem foco na guerra, não na paz

Mais uma vez, Lula reafirmou os pleitos de Brasil, Índia, Alemanha e Japão, que pretendem ter assento permanente no Conselho de Segurança. Desde a Segunda Guerra Mundial, apenas cinco países, os considerados vencedores do conflito que acabou em 1945, são membros permanentes.

Domingo, 27 de Agosto de 2023 às 18:07, por: CdB

Mais uma vez, Lula reafirmou os pleitos de Brasil, Índia, Alemanha e Japão, que pretendem ter assento permanente no Conselho de Segurança. Desde a Segunda Guerra Mundial, apenas cinco países, os considerados vencedores do conflito que acabou em 1945, são membros permanentes.


Por Redação, com ABr - de Luanda

o Lula da Silva, que deixou Angola neste domingo e chegou a São Tomé e Príncipe, onde participa da Cúpula dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), fez duras críticas ao Conselho de Segurança (CS) e as Nações Unidas (ONU), em si. Segundo presidente brasileiro, “o Conselho de Segurança, que deveria ser a segurança da paz e da tranquilidade, é o que faz a guerra sem conversar com ninguém”.

onu.jpeg
Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 países. Cinco deles – China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos – são membros permanentes com direito de veto


Ele falou das guerras das últimas décadas para exemplificar a inoperância do organismo.

— A Rússia vai para a Ucrânia sem discutir no Conselho de Segurança. Os Estados Unidos vão para o Iraque sem discutir no Conselho de Segurança. A França e a Inglaterra vão invadir a Líbia sem passar pelo Conselho de Segurança. Ou seja, quem faz a guerra, quem produz arma, quem vende armas são os países do Conselho de Segurança. Está errado — criticou.

Israel


Para o presidente, “a ONU de 2023 está longe de ter a mesma credibilidade da ONU de 1945″. Ele criticou o desinteresse das Nações Unidas pela luta da Palestina.

— Em 1948, a ONU conseguiu criar o Estado Israel. Em 2023, ela não consegue fazer cumprir a área reservada aos palestinos — destacou.

Mais uma vez, Lula reafirmou os pleitos de Brasil, Índia, Alemanha e Japão, que pretendem ter assento permanente no Conselho de Segurança. Desde a Segunda Guerra Mundial, apenas cinco países, os considerados vencedores do conflito que acabou em 1945, são membros permanentes: Rússia, China, Reino Unido, Estados Unidos e França.

Ele também reafirmou o objetivo de que a América Latina e a África passem a ter maior representatividade no organismo.

— Qual é a representação da África no Conselho de Segurança? Qual é a representação da Ásia, da América Latina? Deixamos claro que defendemos que o Brasil entre no Conselho de Segurança, a Índia, a Alemanha, o Japão. Há divergências, mas não são nossas. Não temos que ter medo de fazer coisas utópicas. O mundo está precisando de um pouco de utopia, acreditar que o amor pode vencer o ódio — concluiu.

Edições digital e impressa