Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Lula cobra efetividade dos ministros na projeção do governo

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Segunda, 22 de Abril de 2024 às 19:59, por: CdB

Até o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), recebeu a orientação de Lula para que seja "mais ágil". Também pediu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixe de ler livro e passe mais tempo discutindo com parlamentares


Por Redação - de Brasília

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reuniu seus ministros, nesta segunda-feira, e cobrou maior presença junto aos eleitores e parlamentares, para contribuir mais na projeção das pautas do governo junto ao Congresso.

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Em seu discurso no lançamento do Programa Acredita, Lula cobrou mais empenho de seus ministros


Até o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), recebeu a orientação de Lula para que seja "mais ágil". Também pediu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deixe de ler livro e passe mais tempo discutindo com parlamentares.

— Isso significa que o Alckmin tem que se mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad, ao invés de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara. O Wellington (Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social), o Rui Costa (ministro da Casa Civil), passar maior parte do tempo conversando com bancada A, com bancada B — cobrou.

 

Articulação


A argumentação ocorreu durante cerimônia no Palácio do Planalto, nesta manhã, para o lançamento de programa de concessão de crédito empresários e pessoas inscritas no CadÚnico, base de dados do governo para o pagamento de programas sociais.

O governo tem enfrentado, junto ao Congresso, uma série de críticas quanto à articulação política. Presidente da Câmara o deputado Arthur Lira (PP-AL) já declarou, publicamente, que o ministro das Relações institucionais, Alexandre Padilha, seria um "desafeto pessoal”; além de "incompetente".

Diante da elevação da temperatura em ambas as Casas do Legislativo, Lula chamou os ministros palacianos e  líderes do governo no Congresso, na sexta-feira, para melhorar a coordenação política.

 

Vem bomba


A briga com Lira, no entanto, não é o único empecilho à votação dos assuntos de interesse do governo. No horizonte, cresce o risco de novas pautas-bomba, com impacto bilionário nas contas públicas. O maior risco está na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que turbina o salário de juízes e promotores, com custo anual de cerca de R$ 40 bilhões, patrocinada pelo presidente do Congresso, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Lula também presta atenção aos números das pesquisas de opinião, recentemente divulgadas, que trazem o declínio de sua popularidade e a perda de fôlego de seu governo junto aos eleitores. Na véspera, um estudo do Ipec aponta em quais áreas o terceiro mandato de Lula tem melhor e pior atuação, segundo os eleitores.

Educação foi a única área com mais avaliações positivas do que negativas. Cerca de 38% dos entrevistados consideraram a atuação da pasta como ótima ou boa, enquanto 31% consideram ruim ou péssima e 28% classificaram como regular.

 

Baixa renda


Nos últimos meses, a pasta comandada pelo ministro Camilo Santana apostou no programa Pé-de-Meia, que dá incentivo financeiro a alunos de baixa renda matriculados no ensino médio, e também no lançamento de novas obras de Institutos Federais e Escolas em Tempo Integral, o que destacou positivamente o Ministério.

A área com pior avaliação, por sua vez, foi o combate à inflação. Cerca de 46% dos entrevistados julgam as medidas do governo para conter o aumento dos preços como ruins ou péssimas. Outros 23% consideram que a atuação é boa ou ótima.

Neste período, o preço do setor dos alimentos e bebidas teve alta, além do reajuste dos preços dos planos de saúde. Isto, apesar da inflação oficial acumulada nos últimos 12 meses — de 3,93% até março — estar abaixo do teto da meta.

 

Saúde


As ações de saúde e segurança pública também foram mal avaliadas, ao menos 42% consideram a atuação do governo em ambos setores, como ruim ou péssima. Para 30% as medidas foram regulares e outros 29% avaliaram como boas ou ótimas.

O Brasil também passa por uma epidemia de dengue, somada ao fato do Ministério da Saúde, comandado por Nísia Trindade, ser alvo frequente das críticas do chamado ‘Centrão’, que visa substituir a ministra.

O Ipec entrevistou 2 mil eleitores de 129 municípios entre 4 e 8 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos, para um nível de confiança de 95%.

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