O momento em que ocorre a conversa com Von der Leyen é imediatamente anterior à entrada em vigor da Lei Antidesmatamento da União Europeia (EUDR), prevista para 1º de janeiro de 2025 e que pode gerar um prejuízo de US$ 15 bilhões às exportações de produtos como soja, café, cacau e itens florestais brasileiros.
Por Redação, com ABr – de Nova York, NY-EUA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aproveita sua estadia nos EUA para realizar uma série de encontros de alto interesse do país. Depois das reuniões nesta manhã com representantes das agências de risco, Lula reuniu-se com a chefe da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, com quem conversou sobre os entraves nas negociações para um acordo de livre comércio entre UE e Mercosul, entre outros assuntos.
O momento em que ocorre a conversa com Von der Leyen é imediatamente anterior à entrada em vigor da Lei Antidesmatamento da União Europeia (EUDR), prevista para 1º de janeiro de 2025 e que pode gerar um prejuízo de US$ 15 bilhões às exportações de produtos como soja, café, cacau e itens florestais brasileiros.
Neonazismo
O chanceler Mauro Vieira e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), publicaram recentemente uma carta em que pedem o adiamento da medida, cobrança que encontra eco em Estados-membros da UE como Alemanha e Itália.
Lula também reuniu-se, no início desta tarde, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, com quem conversou sobre o avanço da extrema direita no mundo e as ameaças à democracia. A Alemanha tem sido palco de uma disseminação do discurso neonazista, que vem disputando eleições em Estados importantes daquele país.
Século XXI
O presidente brasileiro também prestigia o a realização da Cúpula do Futuro, nesta segunda-feira, uma oportunidade para ampliar os debates sobre a necessária reforma global e seus desafios após a recente aprovação de sua declaração, o Pacto para o Futuro.
Mais de uma centena de líderes mundiais também garantiram presença, nesta segunda-feira, para aprofundar as ações necessárias exigidas pelas crises do século XXI.
O presidente angolano, João Lourenço, abrirá os debates aos quais se juntarão outras figuras de alto nível, como os líderes do Irã, Masoud Pezeshkian; do Chile, Gabriel Boric; a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; e o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez.
Falhas morais
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, apelou a uma maior vontade política para enfrentar as falhas estruturais e morais do sistema internacional que impedem o progresso em direção a um futuro justo.
— O povo precisa de menos interferência e de mais solidariedade; menos trocas desiguais e mais equidade; menos politização e duplicidade de critérios e mais diálogo, cooperação e respeito pelo seu direito inalienável de escolher o seu sistema político, econômico, social e cultural — concluiu.