Um dos obstáculos que a tese enfrenta é o tempo. Para que uma chapa desse nível seja construída será necessário, antes, que tanto Lula quanto Alckmin sejam convencidos de que a “geringonça”, como um tratado desses é chamado em Portugal, poderá funcionar. Não se trata, no caso, apenas vencer as eleições, mas governar o país, por quatro anos.
Por Redação - de São Paulo
Líderes partidários do PT e do PSB estariam articulando uma forma para unir duas figuras políticas na próxima disputa presidencial: o ex-presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva (PT); o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), como vice do petista. As informações foram publicadas nesta quinta-feira, pela jornalista Mônica Bergamo, colunista do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo.
As costuras para que a união aconteça tem sido tramadas por líderes das legendas envolvidas, mas Bergamo não cita quais. Acrescenta, apenas, que nas últimas semanas as negociações se intensificaram.
Um dos obstáculos que a tese enfrenta é o tempo. Para que uma chapa desse nível seja construída será necessário, antes, que tanto Lula quanto Alckmin sejam convencidos de que a “geringonça”, como um tratado desses é chamado em Portugal, poderá funcionar. Não se trata, no caso, apenas vencer as eleições, mas governar o país, por quatro anos.
Após o acordo entre os participantes, o Partido dos Trabalhadores precisaria formalizar uma aliança ao PSB para que o partido 'guardasse' a vaga de vice à sigla socialista.
Terceira Via
Alckmin, por sua vez, já mantém conversas avançadas com outros partidos, como o PSD de Gilberto Kassab, para se lançar candidato ao governo do Estado de São Paulo e concorrer ao Palácio dos Bandeirantes.
A avaliação dos petistas é a de que a imagem de Alckmin é a última remanescente do histórico PSDB, de Mário Covas e Franco Montoro. Ou seja, reforçando valores democráticos aliado a atenção aos problemas sociais do país.
Lula, no entanto, guarda como seu principal trunfo nas negociações o fato de largar em grande vantagem, nas pesquisas eleitorais, que o colocam na primeira posição da corrida presidencial, com vitória assegurada em qualquer circunstância, no segundo turno. A chamada Terceira Via não encontrou, até agora, um nome que represente os eleitores que não votam no petista ou no neonazista Jair Bolsonaro (sem partido).