A decisão judicial de primeira instância, publicada em dezembro de 2010, obrigou Lira a reconhecer a paternidade da menina após um teste de DNA, quando ela já tinha 7 anos de idade. Hoje, Gabriela tem 19 anos e, aos 4, foi diagnosticada com a síndrome de West, uma rara forma de epilepsia que causa atraso no desenvolvimento psicomotor.
Por Redação – de Brasília
Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP) foi obrigado pela Justiça a reconhecer a paternidade de uma filha, portadora de doença rara. A menina é fruto de um relacionamento extraconjugal de Lira em 2002. A mulher, à época, tinha 20 anos e distribuía panfletos de sua campanha para reeleição à Assembleia Legislativa de Alagoas.
A decisão judicial de primeira instância, publicada em dezembro de 2010, obrigou Lira a reconhecer a paternidade da menina após um teste de DNA, quando ela já tinha 7 anos de idade. Hoje, Gabriela tem 19 anos e, aos 4, foi diagnosticada com a síndrome de West, uma rara forma de epilepsia que causa atraso no desenvolvimento psicomotor.
A adolescente necessita de cuidados especiais para suas necessidades diárias, vivendo de forma humilde com sua mãe em uma cidade próxima a Maceió. Em 2016, a mulher teve que recorrer à Justiça para conseguir do governo estadual um remédio de alto custo para tratar as convulsões frequentes de sua filha.
Teste de DNA
Gabriela fica sob os cuidados da avó quando sua mãe trabalha como atendente de bilheteria. Apesar das dificuldades, a mulher evita falar sobre a relação com Lira, afirmando que sua vida pessoal não diz respeito a ninguém.
Em 2008, ela entrou com uma ação de investigação de paternidade contra o então deputado estadual. O processo, que tramitou sob sigilo, resultou na confirmação da paternidade após um teste de DNA realizado pela Universidade Federal de Alagoas. Mesmo contestando o resultado, o juiz validou o teste e determinou que Lira, dono de um patrimônio milionário, pagasse uma pensão alimentícia e incluísse seu nome na certidão de nascimento da filha.