Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Investigação indica que filha envolveu serial killer na morte do pai

Investigação revela que Michele Paiva da Silva encomendou o assassinato do pai a Ana Paula Veloso, uma serial killer. Entenda os detalhes do caso.

Quinta, 09 de Outubro de 2025 às 13:03, por: CdB

A investigação aponta que a filha da vítima, Michele Paiva da Silva, de 43 anos, teria encomendado o assassinato do pai a Ana Paula Veloso, classificada pela polícia como uma serial killer.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou, na manhã desta quinta-feira, a exumação do corpo de Neil Corrêa da Silva, de 65 anos, no Cemitério Memorial do Rio, em Cordovil, Zona Norte da capital. O procedimento busca confirmar, por meio de exames periciais, a suspeita de envenenamento como causa da morte do idoso, ocorrida em abril deste ano, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Investigação indica que filha envolveu serial killer na morte do pai | Michelle foi presa na terça
Michelle foi presa na terça

A investigação aponta que a filha da vítima, Michele Paiva da Silva, de 43 anos, teria encomendado o assassinato do pai a Ana Paula Veloso, classificada pela polícia como uma serial killer. Michele, que cursava Direito e mantinha amizade com Ana desde a época da faculdade, está presa preventivamente, assim como a mulher.

Segundo o delegado Halisson Ideião Leite, responsável pelo caso, Ana Paula viajou de Guarulhos, em São Paulo, até o Rio com a missão de matar Neil. Michele teria pago R$ 1,4 mil pelo crime, de um total combinado de R$ 4 mil — parte do valor teria sido descontado por dívidas anteriores da autora.

A morte ocorreu no dia 26 de abril, após a vítima consumir uma feijoada preparada em casa. Conforme a polícia, toda a ação foi premeditada. “Michele financiou a viagem de Ana Paula. Ela chegou ao Rio no dia 24, executou o crime no dia 26 e ficou até o dia 27. Veio exclusivamente para isso e voltou logo em seguida. Não há dúvidas sobre a participação de ambas”, afirmou o delegado.

Irmã gêmea presa

Além da dupla, a irmã gêmea de Ana, Roberta Cristina Veloso, também foi presa. Mesmo sem estar presente no Rio na data do crime, ela teria participado ativamente do planejamento e recebido parte do pagamento. As autoridades identificaram trocas de mensagens entre as irmãs com códigos e detalhes da execução, incluindo a motivação, valores e orientações.

A apuração do caso teve início em São Paulo, onde agentes do 1º Distrito Policial de Guarulhos investigavam outros casos de envenenamento envolvendo Ana Paula. Durante as diligências, a polícia descobriu sua ligação com Michele e a morte do pai dela.

A motivação do crime seria financeira, segundo os investigadores, além de um histórico de desentendimentos familiares.

Michele foi presa na terça-feira, ao chegar à universidade onde estudava, no bairro do Engenho Novo, Zona Norte. Ela estava com um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça de Guarulhos.

A defesa das suspeitas ainda não foi localizada. O espaço permanece aberto para manifestação.

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