Tratando do tema de liberdade religiosa, o Departamento de Estado dos EUA cita reportagens da imprensa e afirma que o "respeito social pelos praticantes de religiões minoritárias - especialmente as religiões afro-brasileiras - continua fraco, e os ataques aos terreiros continuaram”.
Por Redação, com Sputniknews - de Washington
O Departamento de Estado dos EUA publicou, nesta semana, o informe oficial do governo norte-americano sobre a liberdade religiosa no mundo. Em uma seção dedicada ao Brasil, o governo de Joe Biden lista ataques contra minorias religiosas e o encontro do presidente Jair Bolsonaro (PL) e uma representante da extrema-direita alemã.
"Em julho (de 2021), o presidente Jair Bolsonaro encontrou-se com Beatrix von Storch, deputada e legisladora alemã do Partido Alternativa para a Alemanha (AfD)", escreve o documento.
O informe acrescenta que representantes de entidades judaicas criticaram o encontro, argumentando que a AfD era um partido que minimizou as atrocidades nazistas e o Holocausto.
Tratando do tema de liberdade religiosa, o Departamento de Estado dos EUA cita reportagens da imprensa e afirma que o "respeito social pelos praticantes de religiões minoritárias - especialmente as religiões afro-brasileiras - continua fraco, e os ataques aos terreiros continuaram”.
Encontro
O documento também cita o ex-deputado Roberto Jefferson, aliado do presidente brasileiro, lembrando que ele foi indiciado por "pertencer uma organização criminosa que se opunha à democracia”.
O informe do governo norte-americano foi publicado uma semana antes da ida de Bolsonaro para a Cúpula das Américas, em Los Angeles. Biden e Bolsonaro devem ter, na ocasião, o seu primeiro encontro.
Beatrix von Storch, deputada e vice-líder do partido que esteve com Bolsonaro, é neta do ministro de Finanças de Adolf Hitler, condenado pelo Tribunal de Nuremberg por crimes de guerra. O seu partido, o AfD, embora faça parte do Parlamento, foi acusado nos últimos anos de tentar minar a democracia alemã.