A sugestão corre em paralelo ao de outros partidos que se classificam como de centro, que testam a cerca de um ano das eleições, o nome de seus pré-candidatos como forma de testar qual deles poderia representar uma "terceira via" viável. Internamente, no entanto, o MDB articula lançar o nome de Tebet perto do fim da CPI da Covid.
Por Redação - de São Paulo
A cúpula do MDB, integrada pelo senador Renan Calheiros (AL), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, entre outros líderes da centro-direita, ainda buscam uma alternativa ao nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para as eleições do ano que vem. O último nome lançado como pré-candidata à Presidência da República, nesta segunda-feira, é o da senadora Simone Tebet (MDB-MS).
A sugestão corre em paralelo ao de outros partidos que se classificam como de centro, que resolveram colocar já, a pouco mais de um ano das eleições de 2022, o nome de seus pré-candidatos na rua como forma de testar qual deles poderia representar uma "terceira via" viável. Internamente, no entanto, o MDB articula lançar o nome de Tebet perto do fim da CPI da Covid, onde a senadora tem tido atuação cada vez mais forte.
O objetivo, segundo fontes disseram à mídia conservadora, “é não misturar a participação dela na comissão com a possibilidade de ela entrar na disputa presidencial. Embora não referendado oficialmente pela executiva partidária, a decisão de lançar Tebet tem consenso entre variados grupos do MDB”.
Grupo dos nove
Oficialmente, o presidente do partido, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), diz que a parlamentar é um dos nomes favoritos para representar o projeto político que a sigla quer lançar, embora evite cravar o anúncio do nome dela. Segundo Rossi, o MDB apresentará no final de agosto um documento elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães junto a outros especialistas com propostas para 2022 e que se intitulará “Ponto de Equilíbrio”.
— O nome que vamos apresentar vai defender esse projeto de país e um dos nomes favoritos para defende-lo é o da Simone (Tebet) — disse o parlamentar.
O MDB faz parte de um grupo de nove partidos que formaram um grupo no WhatsApp para debater a conjuntura eleitoral e buscar uma opção que fuja à polarização Lula-Bolsonaro. São parte do conjunto de legendas: MDB, DEM, Solidariedade, PV, Podemos, PSL, Cidadania, PSDB e Novo. Dirigentes de algumas dessas siglas propõem que no ano que vem todos se unam em torno do nome que se mostrar mais competitivo antes da disputa no primeiro turno.