“Respondeu que não concorda com a fala do presidente Bolsonaro, pois já participou de várias eleições e nunca presenciou nada que desabonasse o sistema eleitoral brasileiro. Inclusive, orientou a bancada do partido a votar contra a implementação do voto impresso” disse Costa Neto, ao escrivão da PF.
Por Redação - de Brasília
Presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, rejeitou a hipótese levantada pelo então presidente Jair Bolsonaro sobre fraude nas urnas eletrônicas, nas eleições de 2022. O depoimento de Costa Neto à Polícia Federal (PF) ocorreu em fevereiro deste ano, mas veio a público apenas nesta sexta-feira.

“Respondeu que não concorda com a fala do presidente Bolsonaro, pois já participou de várias eleições e nunca presenciou nada que desabonasse o sistema eleitoral brasileiro. Inclusive, orientou a bancada do partido a votar contra a implementação do voto impresso” disse Costa Neto, ao escrivão da PF.
Bolsonaro fica ainda mais isolado, nos inquéritos a que responde no âmbito das investigações sobre a tentativa falida de um golpe de Estado, em 8 de Janeiro. Questionado se o PL contratou empresa especializada na aferição eleitoral, Costa Neto respondeu que foi solicitada “uma verificação extraordinária”, mas apenas para os cargos de presidente da República e governador.
Narrativa
Ainda sobre o relatório fruto da “verificação extraordinária”, Valdemar diz que a contratação foi ideia de deputados do PL e do próprio Bolsonaro. Segundo ele, o partido pagou cerca de R$ 1 milhão, em dinheiro público, pelo serviço.
Indagado se cumpriu orientação de Bolsonaro para questionar a segurança das urnas eletrônicas e validar a narrativa de possíveis fraudes nas eleições de 2022, o presidente do PL negou que o então presidente questionava as urnas eletrônicas, mas queria que fossem fiscalizadas.
“Para isso, contrataram os serviços da empresa IVL - Instituto Voto Legal”, concluiu Costa Neto.