Uma de suas “férias”, a Santa Catarina, custou R$ 900 mil aos cofres públicos, segundo dados fornecidos diário conservador carioca O Globo por meio da Lei de Acesso à Informação. Dois meses depois, ao ser questionado sobre as viagens ao litoral, Bolsonaro se irritou com os questionamentos dos eleitores após ser chamado de 'vagabundo' em uma rede social.
Por Redação - de Brasília
Durante três anos e meio à frente do Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro (PL) viajou a passeio por ao menos 15 vezes, durante feriados prolongados, folgas e até mesmo em dia de expediente normal, de acordo com levantamento do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP). Foram 11 vezes para o Forte dos Andradas no Guarujá, litoral paulista, três vezes para o Forte Marechal Luz, em Santa Catarina, e uma vez para Aratu, na Bahia.
No mesmo espaço de tempo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) folgou em três ocasiões e Dilma Rousseff (PT), em sete.
Sem compromisso
Uma de suas “férias”, a Santa Catarina, custou R$ 900 mil aos cofres públicos, segundo dados fornecidos diário conservador carioca O Globo por meio da Lei de Acesso à Informação. Dois meses depois, ao ser questionado sobre as viagens ao litoral, Bolsonaro se irritou.
— Se achar que eu não devo sair mais de folga, se eu virar candidato à reeleição, que não vote em mim, aí eu não vou estar mais aqui no hotel — desdenhou.
Em linha com a mais recente pesquisa do Datafolha, 48% da população reprovam a sua gestão.
Agenda do vice
Enquanto o presidente tira as suas férias, o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) intensifica as viagens ao Rio Grande do Sul, por onde disputará uma vaga no Senado.
Levantamento do diário brasiliense Metrópoles mostrou que Mourão viajou 19 para o Estado gaúcho, desde o início do ano, depois que anunciou a sua pré-candidatura. Em comparação aos anos anteriores, entre 2020 e 2021, foram 15 viagens, desde Brasília.