Ambos tiveram uma reunião ampliada com outros membros do governo e da diplomacia. É a primeira vez que um membro do ministério de Vladmir Putin vem ao Brasil desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Por Redação, com RBA - de Brasília
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, desembarcou em Brasília na manhã desta segunda-feira. Ele foi recebido pelo ministro Mauro Vieira, no Palácio do Itamaraty.
Ambos tiveram uma reunião ampliada com outros membros do governo e da diplomacia. Lavrov se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à tarde, segundo a agenda pública de Vieira, que participou do encontro.
É a primeira vez que um membro do ministério de Vladmir Putin vem ao Brasil desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a visita “também foi ocasião para tratar do conflito na Ucrânia”. “O Brasil tem defendido, nos foros internacionais e em contatos bilaterais, a cessação imediata de hostilidades e a importância de conjugar esforços diplomáticos que facilitem o alcance de solução pacífica negociada”, diz a chancelaria brasileira.
“Parceria estratégica”
Os ministros conversaram sobre o potencial da parceria estratégica brasileiro-russa e as perspectivas da cooperação em áreas de interesse comum, “com foco em comércio e investimentos, ciência e tecnologia, meio ambiente, energia, defesa, cultura e educação, bem como o fortalecimento do diálogo político sobre temas bilaterais, internacionais e regionais”, informou o governo brasileiro.
A Rússia é o principal fornecedor de fertilizantes para o Brasil. Em 2022, o comércio bilateral atingiu o recorde histórico de US$ 9,8 bilhões.
Lula tem feito propostas para a criação de um grupo de mediação para se tentar chegar à paz. Esse grupo seria formado com países não envolvidos no conflito. “Eu tenho uma tese, que eu já defendi com o Emmanuel Macron (França), com o Olaf Scholz (Alemanha), com o Joe Biden. E no domingo discutimos longamente com o Xi Jinping: é preciso que se constitua um grupo de países dispostos a encontrar um jeito de fazer a paz”, disse o presidente brasileiro ao deixar Pequim.