A carta está organizada em 13 temas, que incluem, entre outros, saúde, educação e meio ambiente. E englobam todos aqueles relacionados às necessidades do povo brasileiro que tem fome, está desempregado, deixou a escola e vive em um país que carece de reconstrução. Em cada um deles, a candidatura diz o que pretende fazer se ganhar as eleições.
Por Redação - de São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou nesta quinta-feira a Carta para o Brasil do Amanhã. Com nove páginas, reúne as propostas da candidatura da coligação Brasil da Esperança compiladas a partir de reivindicações recebidas de todos os setores organizados da sociedade. E também de nomes que apoiaram Lula e Alckmin, como a senadora Simone Tebet (MDB-MT), que disputou o primeiro turno. E o deputado federal André Janones (Avante-MG), que abriu mão de sua pré-candidatura à Presidência.
A carta está organizada em 13 temas, que incluem, entre outros, saúde, educação e meio ambiente. E englobam todos aqueles relacionados às necessidades do povo brasileiro que tem fome, está desempregado, deixou a escola e vive em um país que carece de reconstrução. Em cada um deles, a candidatura diz o que pretende fazer se ganhar as eleições.
“Esta não é uma eleição qualquer. O que está em jogo é a escolha entre dois projetos completamente diferentes para o Brasil. Um é o país do ódio, da mentira, da intolerância, do desemprego, dos salários baixos, da fome, das armas e das mortes, da insensibilidade, do machismo, do racismo, da homofobia, da destruição da Amazônia e do meio ambiente, do isolamento internacional, da estagnação econômica, do apreço à ditadura e aos torturadores. Um Brasil de medo e insegurança com Bolsonaro”, diz o primeiro parágrafo da carta, assinada por Lula.
Democracia
Após detalhar as propostas, Lula relembra que, ao longo dessa campanha, viu “a esperança brilhando nos olhos do nosso povo”. “A esperança de uma vida melhor num país mais justo.” E termina com um convite: “O Brasil precisa de um governo que volte a cuidar da nossa gente, especialmente de quem mais necessita. Precisa de paz, democracia e diálogo. É com a força do nosso legado e os olhos voltados para o futuro que dirijo esta carta ao povo brasileiro. Que Deus nos ilumine nessa caminhada.”
“Com os governos dos 27 Estados, Lula vai planejar a retomada das obras paradas, definindo as prioritárias”, afirma o documento. E cita a “busca de cooperação nacional e internacional; a revitalização do mercado interno e o consumo; o desenvolvimento do comércio, serviços, agricultura para produção de alimentos e a indústria”.
O documento aponta, ainda, a busca por “investimento em serviços públicos, infraestrutura e em recursos naturais. A inserção do BNDES e da Petrobras como estratégicos nesse novo ciclo. O cooperativismo e a economia solidária e popular serão incentivados. Serão criados os programas como o Empreende Brasil, com crédito a juros baixos as micro, pequenas e médias empresas”.
Direitos
“Serão adotadas medidas contra o desemprego e a precarização no mundo do trabalho. A partir do debate entre governo, trabalhadores e empregadores, Lula pretende encaminhar a construção de uma Nova Legislação Trabalhista que assegure direitos mínimos – tanto trabalhistas como previdenciários –, com salários dignos, assegurando a competitividade e os investimentos das empresas”, acrescenta a carta aos brasileiros.
No compromisso assinado, Lula reafirma seu “total compromisso com a democracia, pois somente a democracia pode garantir os direitos da cidadania, condições de vida com dignidade para a população e as conquistas da sociedade.
“O Brasil não pode mais ficar nas mãos de quem admira a ditadura militar e idolatra monstruosos torturadores”, conclui.