Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Justiça do Rio quebra sigilos fiscal e bancário de Carlos Bolsonaro

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Quarta, 01 de Setembro de 2021 às 09:06, por: CdB

 

Segundo o Ministério Público, o gabinete de Carlos Bolsonaro pagou R$ 7 milhões em valores não atualizados desde 2001, quando ele exerceu o primeiro de seus seis mandatos na Câmara Municipal do Rio. É a primeira vez, em dois anos de investigação, que o MP-RJ levanta a possibilidade de um esquema de "rachadinha".

Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou a quebra dos sigilos fiscal e bancária do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e de mais 26 pessoas e sete empresas. A decisão, divulgada na noite de terça-feira , foi a pedido do Ministério Público do Estado (MP-RJ), que investiga a contratação de funcionários "fantasmas" no gabinete do vereador.
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O MP-RJ identificou que Carlos Bolsonaro manteve e utilizou grandes quantidades de dinheiro vivo ao longo dos seis mandatos
Segundo o Ministério Público, o gabinete de Carlos Bolsonaro pagou R$ 7 milhões em valores não atualizados desde 2001, quando ele exerceu o primeiro de seus seis mandatos na Câmara Municipal do Rio. É a primeira vez, em dois anos de investigação, que o MP-RJ levanta a possibilidade de um esquema de "rachadinha" no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com a quebra dos sigilos, os promotores pretendem levantar dados para saber se a contratação de funcionários fantasmas, que não apareciam no trabalho, foi um instrumento utilizado pelo vereador para desviar os salários recebidos. A investigação foi aberta em setembro de 2019, após a revista Época denunciar que Carlos Bolsonaro empregava sete parentes de Ana Cristina Valle, sua madrasta e ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Alguns dos funcionários moravam em outro estado e admitiram nunca terem pisado na Câmara dos Vereadores do Rio, onde estavam lotados, apesar de constarem em folha de pagamento.

Ministério Público

O MP identificou que Carlos manteve e utilizou grandes quantidades de dinheiro vivo ao longo dos mandatos. Entre os fatos, o pagamento de R$ 150 mil em dinheiro na compra de um apartamento na Tijuca, na zona norte do Rio e R$ 15 mil para cobrir um prejuízo que ele teve na Bolsa de Valores. No pedido da quebra dos sigilos de Carlos, o MP lembrou que o "modus operandi" é similar ao utilizado no gabinete do seu irmão, o hoje senador Flávio Bolsonaro (Patriota). Na época, Flávio era deputado na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Nas redes sociais, o vereador disse que "requentam fatos velhos que não chegaram a lugar nenhum e trocam a embalagem para empurrar adiante a narrativa". Carlos Bolsonaro afirmou que seus acusadores manipulam e mentem.
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