Segundo o Ministério Público, o gabinete de Carlos Bolsonaro pagou R$ 7 milhões em valores não atualizados desde 2001, quando ele exerceu o primeiro de seus seis mandatos na Câmara Municipal do Rio. É a primeira vez, em dois anos de investigação, que o MP-RJ levanta a possibilidade de um esquema de "rachadinha".
Por Redação, com Brasil de Fato - do Rio de Janeiro
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) determinou a quebra dos sigilos fiscal e bancária do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e de mais 26 pessoas e sete empresas. A decisão, divulgada na noite de terça-feira , foi a pedido do Ministério Público do Estado (MP-RJ), que investiga a contratação de funcionários "fantasmas" no gabinete do vereador. Segundo o Ministério Público, o gabinete de Carlos Bolsonaro pagou R$ 7 milhões em valores não atualizados desde 2001, quando ele exerceu o primeiro de seus seis mandatos na Câmara Municipal do Rio. É a primeira vez, em dois anos de investigação, que o MP-RJ levanta a possibilidade de um esquema de "rachadinha" no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Com a quebra dos sigilos, os promotores pretendem levantar dados para saber se a contratação de funcionários fantasmas, que não apareciam no trabalho, foi um instrumento utilizado pelo vereador para desviar os salários recebidos. A investigação foi aberta em setembro de 2019, após a revista Época denunciar que Carlos Bolsonaro empregava sete parentes de Ana Cristina Valle, sua madrasta e ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Alguns dos funcionários moravam em outro estado e admitiram nunca terem pisado na Câmara dos Vereadores do Rio, onde estavam lotados, apesar de constarem em folha de pagamento.