Ouvido na Superintendência da PF no Rio de Janeiro, ’02′ nega agora que tenha qualquer relação próxima com Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e atual deputado federal pelo PL, apesar das provas anexadas ao inquérito.
Por Redação – do Rio de Janeiro
O chamado ‘filho 03’, vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), em recente depoimento prestado à Polícia Federal (PF), no inquérito que investiga a existência de uma estrutura paralela de espionagem dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a chamada “Abin paralela”, negou que tenha tido participação no episódio.

Ouvido na Superintendência da PF no Rio de Janeiro, ’02′ nega agora que tenha qualquer relação próxima com Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e atual deputado federal pelo PL, apesar das provas anexadas ao inquérito. Diz ele que conheceu Ramagem apenas em 2018, quando ele assumiu a segurança pessoal de Jair Bolsonaro, então candidato à Presidência, após atentado sofrido em Juiz de Fora (MG).
Israel
O interrogatório é uma das últimas etapas antes da conclusão do inquérito, que tramita desde 2022 e já indicou um suposto elo entre a Abin e a tentativa de manter Jair Bolsonaro no poder por meio de um golpe de Estado. Em dezembro passado, a PF apontou que informações obtidas pela Abin teriam sido usadas com fins políticos, alimentando estratégias para minar o Poder Judiciário e questionar o processo eleitoral.
Segundo os investigadores, a Abin foi instrumentalizada por um grupo de servidores federais para monitorar ilegalmente adversários, utilizando o software israelense de geolocalização, o ‘FirstMile.
Carlos Bolsonaro também foi questionado sobre uma possível participação nas negociações de aquisição do sistema de espionagem. Ele voltou a negou qualquer envolvimento, embora tenha ido a Israel na época em que se negociou a compra do dispositivo eletrônico.