Os manifestantes foram considerados culpados de pintar com tinta vermelha as paredes externas do palácio do Senado em Roma, durante uma tentativa de aumentar a conscientização sobre a crise climática.
Por Redação, com ANSA - de Roma
Um tribunal de Roma condenou na terça-feira três ativistas climáticos do grupo Ultima Generazione ("Última Geração", em português) pelo ato de vandalismo no Senado da Itália, no último dia 2 de janeiro.
Os manifestantes foram considerados culpados de pintar com tinta vermelha as paredes externas do palácio do Senado em Roma, durante uma tentativa de aumentar a conscientização sobre a crise climática.
Os três foram condenados a uma pena suspensa de oito meses de prisão por "danos agravados" e terão que pagar uma multa de 60 mil euros ao Senado, ao Ministério da Cultura e ao Conselho Municipal de Roma, o Campidoglio.
Geralmente, o movimento utiliza tinta fácil de lavar em suas mobilizações, que incluem despejar o líquido em obras de arte famosas nas Galerie degli Uffizi e em outros lugares, como a fontes espalhadas pela cidade.
Punição contra os ativistas
A punição contra os ativistas ocorre poucos meses depois de a Câmara dos Deputados da Itália aprovar definitivamente um projeto de lei que introduz penas mais severas para quem desfigurar, sujar ou vandalizar obras de arte, monumentos ou patrimônios culturais do país.
A iniciativa tem como objetivo pôr fim aos atos de "ecovandalismo" e prevê multas entre 20 mil e 60 mil euros, além de sanções penais, para quem "destruir, dispersar, deteriorar, desfigurar, sujar ou utilizar ilicitamente total ou parcialmente os bens culturais".