Castillo, que está sob investigação por rebelião e conspiração após tentar dissolver ilegalmente o Congresso, está cumprindo uma detenção preliminar em uma base policial, que terminará nas próximas horas.
Por Redação, com Reuters - de Lima
Um juizado supremo do Peru avaliará nesta quarta-feira, 14, um pedido do promotor de impor uma prisão preventiva de 18 meses para o ex-presidente deposto Pedro Castillo, disse o Judiciário.
Castillo, que está sob investigação por rebelião e conspiração após tentar dissolver ilegalmente o Congresso, está cumprindo uma detenção preliminar em uma base policial, que terminará nas próximas horas.
Na segunda-feira, 12, Castillo se manifestou pela primeira vez em uma postagem no Twitter. Ele afirmou que está no momento mais difícil de seu governo, "maltratado e sequestrado", e descreveu sua sucessora Dina Boluarte como uma "usurpadora".
Essa é a primeira declaração de Castillo desde que foi preso na semana passada por supostos crimes de rebelião, por violação da ordem constitucional do país e "conspiração" contra o Estado, depois que tentou inesperadamente dissolver o Congresso dominado pela oposição.
"Falo com vocês no momento mais difícil do meu governo, humilhado, incomunicável, maltratado e sequestrado", disse na carta manuscrita divulgada.
“Jogo sujo"
No mesmo documento, Castillo pediu uma assembleia constituinte imediata e pediu para não caírem no "jogo sujo" da proposta de Boluarte de adiantar as eleições gerais.
As declarações respondem à decisão tomada pela presidente do Peru, que disse mais cedo que apresentará ao Congresso nos próximos dias um projeto de lei para antecipar as eleições gerais em dois anos, até abril de 2024.
Enquanto isso, a destituição de Castillo tem provocado protestos em várias regiões do Peru, que já deixaram três mortos, vários feridos e afetam uma importante mineradora.
O presidente destituído também disse em sua carta que não renunciará ou abandonará suas funções como presidente, o que poderia aumentar a tensão no país andino.