O questionamento é do economista João Pedro Stédile, um dos principais líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao analisar a atuação de militares em altos cargos do Governo Federal, nos últimos quatro anos.
Por Redação - de São Paulo
"Será que os milicos são tão burros? Porque sempre apareceu na sociedade como eles são inteligentes. Apareciam como uma elite da inteligência burguesa brasileira. O que eles fizeram no governo Bolsonaro, pelo menos aqueles 8 mil que foram para lá, eram de uma ignorância e de uma burrice que impressionava”.
“Como é que um general pode se comportar desta maneira?”.
O questionamento é do economista João Pedro Stédile, um dos principais líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), ao analisar a atuação de militares em altos cargos do Governo Federal, nos últimos quatro anos.
Stédile falou, nesta sexta-feira, ao segundo episódio da terceira temporada do podcast ‘Três por Quatro’ , no site de notícias Brasil de Fato (BdF). Nesta edição, os jornalistas Nara Lacerda e Igor Carvalho também receberam a professora Ana Penido, pesquisadora do Observatório da Defesa e Soberania Nacional do Instituto Tricontinental.
Militares
Ela acredita que os militares “não são burros”, mas sim monitoram e se adaptam àquilo que lhes interessa.
— Eu não acho que eles são burros não, não acho mesmo. E acho que eles têm um serviço de inteligência que monitora o que eles entendem como inimigo. Dificilmente eles não sabiam o que estava acontecendo com o Cid e com os outros coronéis — avaliou a pesquisadora.
Nos últimos meses, as instituições federais atuaram alinhadas para entender os atos golpistas do dia 8 de Janeiro, que depredaram as sedes dos Três Poderes e atentaram contra o Estado Democrático de Direito. Toda essa mobilização abriu caminhos para outras polêmicas envolvendo militares no governo anterior.