A transação destaca o crescente apetite dos irmãos Batista pela diversificação, e acrescenta a um portfólio que já inclui a gigante da carne JBS e ativos em energia e finanças.
Por Redação – de São Paulo
A Eletrobras entrou em uma nova fase de seus negócios após concordar em vender sua subsidiária Eletronuclear para a J&F Investimentos, a holding controlada pelos irmãos Wesley e Joesley Batista. A Eletrobras, maior empresa de serviços públicos da América do Sul, buscava vender a Eletronuclear desde sua privatização, como parte de um esforço para reduzir os investimentos no segmento nuclear e concentrar-se em suas operações principais de geração e transmissão.

A transação destaca o crescente apetite dos irmãos Batista pela diversificação, e acrescenta a um portfólio que já inclui a gigante da carne JBS e ativos em energia e finanças. Por meio de seu braço de energia, a Âmbar Energia, a J&F concordou em pagar R$ 535 milhões pelo ativo nuclear e assumirá todas as garantias detidas pela Eletrobras, incluindo a responsabilidade pelo pagamento de R$ 2,4 bilhões em notas locais.
Pendência
As ações da Eletrobras avançaram até 4,4% na abertura do mercado em São Paulo nesta quarta-feira, liderando os ganhos do índice Ibovespa e atingindo seu maior nível intradiário já registrado, de R$ 54,13. A ação subiu 52% no ano até o fechamento, na vésper.
— A boa notícia é que a participação era uma pendência, já que os investidores se preocupavam com os passivos e custos futuros. “O valor da venda não é significativo, mas, em teoria, torna o caso mais limpo, pois remove alguns litígios do balanço patrimonial. No final das contas, para a narrativa, foi uma boa jogada — afirmou Greg Lesko, gerente de portfólio da Deltec Asset Management, à agência norte-americana de notícias Bloomberg.