Os valores serão investidos em quatro parcelas de aproximadamente R$ 720 milhões nos primeiros quatro anos (2023 a 2026) e R$ 320 milhões em 2027. O processo de extensão da vida útil de Angra 1 teve início em 2019, quando foi oficialmente solicitada a renovação da licença.
Por Redação – de Brasília
A Eletronuclear obteve a renovação da licença de operação da usina nuclear Angra 1 por mais 20 anos. O prazo vai até dezembro de 2044. A companhia recebeu a autorização da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), publicada nesta sexta-feira. O investimento total será de R$ 3.2 bilhões entre 2023 e 2027.
Os valores serão investidos em quatro parcelas de aproximadamente R$ 720 milhões nos primeiros quatro anos (2023 a 2026) e R$ 320 milhões em 2027. O processo de extensão da vida útil de Angra 1 teve início em 2019, quando foi oficialmente solicitada a renovação da licença. Desde então, a empresa criou um grupo de trabalho exclusivo para cumprir todas as exigências do órgão regulador e realizar a completa modernização da usina.
Decisão
A extensão da vida útil de Angra 1 pode ser considerada a primeira grande conquista em relação aos projetos prioritários da companhia, que também trabalha para retomar a construção de Angra 3. Essa última meta depende de decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
A decisão favorável foi celebrada pelo presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo. Ele comparou Angra 1 às usinas nos Estados Unidos, com as mesmas características, que já receberam o aval para operar por até 80 anos. Lycurgo destacou o trabalho desempenhado nos últimos cinco anos pela área técnica da empresa.
Capacidade
A primeira usina nuclear brasileira entrou em operação comercial em 1985 com um reator de água pressurizada (PWR), o mais utilizado no mundo. Com 640 megawatts de potência, o empreendimento entrega energia suficiente para suprir uma cidade de 2 milhões de habitantes e abastece o sistema elétrico nacional 24 horas por dia.
Em 2023, Angra 1 gerou 4,78 milhões de MWh. O fator de carga (Load Factor) – que representa a energia elétrica líquida realmente entregue ao Sistema Interligado Nacional dividida pela capacidade de Angra 1 – dos últimos cinco anos é de 88,24%. Ou seja, é como se a usina tivesse operado 322 dias por ano em sua capacidade máxima.