O telescópio James Webb (JWST) já identificou inúmeras galáxias “candidatas” por meio de espectro infravermelho. Esse espectro é um comprimento de onda invisível ao olho humano e que permite voltar mais longe no tempo.
Por Redação, com Byte - de Washington
Estudos publicados na terça-feira apontam que o Telescópio Espacial James Webb (JWST) localizou a galáxia mais distante já identificada. De acordo com a pesquisa, a formação JADES-GS-z13-0 remonta à expansão inicial do universo, cerca de 320 milhões de anos depois do Big Bang.
“Webb atinge novo marco na busca por galáxias distantes, tendo descoberto algumas que datam de menos de 400 milhões de anos após o #BigBang A luz dessas galáxias levou mais de 13,4 bilhões de anos para chegar até nós”, divulgou a página oficial Esa Webb Telescope.
O telescópio James Webb (JWST) já identificou inúmeras galáxias “candidatas” por meio de espectro infravermelho. Esse espectro é um comprimento de onda invisível ao olho humano e que permite voltar mais longe no tempo.
Com a tecnologia, é possível identificar a idade das galáxias através de suas luminosidades.
Publicado na revista Nature Astronomy, o estudo afirma que encontrar e caracterizar as primeiras galáxias que iluminaram o início do universo na aurora cósmica é fundamental para entender as condições físicas e os processos que levaram à formação das primeiras estrelas.
“Nos primeiros meses de operação, imagens do Telescópio Espacial James Webb (JWST) foram usadas para identificar dezenas de candidatas a galáxias com desvio para o vermelho (z) maior que 10, menos de 450 milhões de anos após o Big Bang”, cita a o estudo.
A galáxia mais distante localizada pelo JWST, denominada JADES-GS-z13-0, se formou "320 milhões de anos após o Big Bang" e sua luz é a mais afastada já observada até hoje pelos astrônomos, explicou à AFP Stéphane Charlot, do Instituto de Astrofísica em Paris, um dos autores do estudo.
Entenda como funciona o James Webb
O James Webb foi lançado em 24 de dezembro de 2021, após mais de 30 anos de trabalho em um dos projetos mais esperados de toda a história da astronomia.
O aparelho é um resultado de uma colaboração internacional entre a Nasa, agência espacial americana, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA).
É o sucessor do Telescópio Espacial Hubble. Foi equipado com instrumentos científicos de ponta que permitem que ele estude uma ampla gama de fenômenos cósmicos com nível de detalhe inédito. O equipamento vem observando desde a formação de estrelas e galáxias até a evolução do universo como um todo.
Ele é importante para a astronomia porque pode ajudar a responder algumas das perguntas mais fundamentais da humanidade, como detalhes da formação de nosso universo primitivo.