Rio de Janeiro, 29 de Junho de 2025

Itamaraty retira indicação de Crivella para embaixada na África do Sul

Bispo da denominação Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Crivella dependia que seu nome fosse aprovado pelas autoridades sul-africanas, o que não aconteceu. A informação, divulgada nesta manhã na mídia conservadora, foi confirmada pela reportagem do Correio do Brasil junto ao Itamaraty.

Segunda, 29 de Novembro de 2021 às 12:48, por: CdB

Bispo da denominação Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Crivella dependia que seu nome fosse aprovado pelas autoridades sul-africanas, o que não aconteceu. A informação, divulgada nesta manhã na mídia conservadora, foi confirmada pela reportagem do Correio do Brasil junto a canais oficiais no Itamaraty.

Por Redação - de Brasília e Rio de Janeiro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) retirou, nesta segunda-feira, a indicação do ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos) para a Embaixada do Brasil, na África do Sul. A desistência acontece seis meses após a indicação, diante do silêncio diplomático do país sul-africano, que indicava uma discordância quanto ao nome proposto para o cargo.
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O bispo licenciado Marcelo Crivella, da IURD, foi rejeitado para o posto de embaixador na África do Sul
Bispo licenciado da denominação Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), Crivella dependia que seu nome fosse aprovado pelas autoridades sul-africanas, o que não aconteceu. A informação, divulgada nesta manhã na mídia conservadora, foi confirmada pela reportagem do Correio do Brasil junto a canais oficiais no Itamaraty. Bolsonaro esperou “o máximo que pode”, segundo um experiente diplomata do Ministério das Relações Exteriores, mas a África do Sul recusava-se, sistematicamente, a aceitar ou negar o pedido de agrément para que Crivella assumisse o posto de embaixador. O pedido de agrément consiste no consentimento de um país para que determinado diplomata estrangeiro seja nomeado para função. Nos trâmites diplomáticos, a falta de uma resposta ao agrément significa que o indicado não foi aceito pelas autoridades locais, o que levou o Brasil a retirar, no limite do tempo previsto pelas boas práticas da diplomacia, a indicação do bispo. A indicação de Crivella seria, na realidade, um agrado de Bolsonaro ao tio dele, o bispo Edir Macedo, chefe da IURD, que vem enfrentando uma rebelião na sua igreja, em países africanos. Negócios Em setembro, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse que a decisão sobre a aceitação de Crivella como embaixador do Brasil no país caberia ao ministério das Relações Internacionais e Cooperação sul-africano. O atual representante brasileiro na África do Sul, Sérgio Danese, foi indicado para assumir o posto de diplomata no Peru. Por isso, a embaixada do Brasil na África do Sul deve ficar sob comando de um encarregado de negócios. Ainda não foi feita nenhuma nova indicação de diplomata para o país africano. Por meio de sua assessoria, o Itamaraty informou que "não se manifesta sobre pedido de agrément antes de sua concessão por governo estrangeiro".
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