Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Israel barra ajuda humanitária enviada pelo Brasil

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Quarta, 06 de Março de 2024 às 08:30, por: CdB

Segundo o parlamentar italiano, há pelo menos 30 caixas com filtros de água, refrigeradores, medicamentos, cilindros de oxigênio que chegaram do Brasil aguardando a autorização do governo do premiê Benjamin Netanyahu.

Por Redação, com ANSA - de Jerusalém

Um carregamento com ajuda humanitária enviada pelo governo brasileiro para a população da Faixa de Gaza foi barrado por Israel, denunciou o deputado italiano Angelo Bonelli, do partido Europa Verde, que esteve na região do conflito.

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Caixas foram fotografadas por deputado italiano durante viagem

A informação foi divulgada na terça-feira pelo portal Congresso em Foco, que publicou um vídeo e fotos feitos por Bonelli de caixas brasileiras que não puderam ingressar à cidade palestina de Rafah.

Segundo o parlamentar italiano, há pelo menos 30 caixas com filtros de água, refrigeradores, medicamentos, cilindros de oxigênio que chegaram do Brasil aguardando a autorização do governo do premiê Benjamin Netanyahu.

– Há uma situação catastrófica. Dois mil caminhões estão bloqueados há mais de um mês e aguardam para poder entrar em Gaza para entregar ajuda humanitária – relatou.

De acordo com Bonelli, "as autoridades israelenses rejeitam essa ajuda porque acreditam que é incompatível e perigosa para a segurança do Estado de Israel".

"Uma loucura", reforçou o político.

Outros países

O integrante do Parlamento italiano conta ainda que, ao todo, quase 400 caixas com ajuda enviadas por países como França, Alemanha, Kuwait, Singapura, Espanha, Itália e Arábia Saudita também estão mantidas em um galpão da Cruz Vermelha na cidade egípcia de Al Arish, a cerca de 20 km de Rafah.

Até o momento, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil e a Embaixada israelense em Brasília não responderam às perguntas do Congresso em Foco.

O bloqueio dos produtos brasileiros acontece em meio à crise diplomática entre os governos de Brasília e Tel Aviv, desencadeada há duas semanas quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparou o "genocídio" em Gaza com o Holocausto nazista e foi declarado como "persona non grata" pelo governo do Netanyahu.

Na última segunda-feira, inclusive, Lula segurou uma bandeira da Palestina em solenidade em Brasília. Na ocasião, ele afirmou: "Vocês estão lembrados como apanhei quando falei da Palestina. Mas o tempo vai provar que eu estava certo".

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