Ainda segundo apurou o CdB, os termos da delação foram fechados na noite passada, mas a homologação somente deverá ocorrer após o recesso do Judiciário, em agosto, no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Por Redação - do Rio de Janeiro
O impeachment do governador do Estado do Rio, Wilson Witzel, ficou ainda mais visível, no horizonte político, após a assinatura do termo de delação do ex-secretário de Saúde, Edmar Santos, nesta terça-feira. Segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, a defesa de Santos concordou com os termos definidos pela Procuradoria Geral da República (PGR) e o acordo determina a entrega de informações sobre corrupção na Secretaria, com as digitais do governador.
Ainda segundo apurou o CdB, os termos da delação foram fechados na noite passada, mas a homologação somente deverá ocorrer após o recesso do Judiciário, em agosto, no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Santos se comprometeu, junto à PGR, com a devolução dos mais de R$ 8,5 milhões desviados do Erário.
Quantia semelhante já foi localizada nos endereços ligados ao ex-secretário, durante ação realizada por agentes policiais e promotores do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPE-RJ). O ministro João Otávio de Noronha, presidente do STJ, avalia o pedido de soltura de Santos. Na Justiça, Wilson também pede, por sua vez, a anulação de todo o processo, por supostas irregularidades no trâmite do processo.
Exoneração
Diante dos novos fatos, parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) já se articulam para que o pedido de impedimento do governador passe a tramitar, em regime de urgência, nas comissões que avaliam o processo. Em mais duas semanas, liberada a delação de Santos, os parlamentares querem incluir o conteúdo nos termos da ação, em curso.
Diante do possível impeachment, o secretariado de Witzel sofreu, nesta manhã, uma nova baixa. A secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Estado, Fernanda Titonel de Souza, teve o pedido de exoneração publicado na edição desta terça-feira do Diário Oficial do RJ. Souza pediu para deixar o cargo em carta enviada ao governador Wilson Witzel, alegando “razões de ordem pessoal”.
A agora ex-secretária disse que, durante o tempo que ficou à frente da pasta, exerceu a função “de forma exclusivamente técnica e voltada para a execução das políticas públicas sociais, com lisura, transparência e amplo diálogo interinstitucional”.
Cidadania
Em nota encaminhada nesta terça, Witzel agradeceu o trabalho prestado por Titonel à frente da pasta, "implementando importantes políticas públicas sociais".
Cristiane Lôbo Lamarão Silva, então subsecretária de Gestão do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e Segurança Alimentar, assume interinamente a secretaria e passa a conduzir os programas e ações de direito à cidadania para a população mais vulnerável.