Pela proposta da Casa Branca divulgada em setembro, o grupo guerrilheiro teria um prazo de 72 horas para libertar as vítimas.
Por Redação, com Reuters – de Jerusalém
O governo de Israel e o grupo palestino Hamas assinaram, nesta quarta-feira, o acordo de paz proposto pelos Estados Unidos. A informação foi divulgada pelo presidente Donald Trump em uma rede social e confirmada por mediadores das negociações. Trump afirmou que Israel e Hamas concordaram com os termos da primeira fase do plano de paz.

Segundo o presidente norte-americano, todos os reféns mantidos pelo grupo terrorista desde 7 de outubro de 2023 na Faixa de Gaza serão libertados neste fim de semana. Israel afirma que 48 reféns continuam sob poder do Hamas, dos quais 20 estão vivos.
Pela proposta da Casa Branca divulgada em setembro, o grupo guerrilheiro teria um prazo de 72 horas para libertar as vítimas mas, segundo a mídia norte-americana, a expectativa é que os reféns sejam libertados até domingo. Em troca, Israel se compromete a libertar prisioneiros palestinos.
Paz
O presidente Trump também afirmou que Israel recuará as tropas que estão na Faixa de Gaza para uma linha acordada, embora ainda não esteja claro onde os militares ficarão posicionados. Segundo Trump, a assinatura do acordo representa os primeiros passos em direção a uma paz duradoura.
“Todas as partes serão tratadas com justiça! Este é um grande dia para o mundo árabe e muçulmano, para Israel, para todas as nações vizinhas e para os Estados Unidos da América. Agradecemos aos mediadores do Catar, Egito e Turquia, que trabalharam conosco para que este evento histórico e sem precedentes acontecesse. Abençoados os pacificadores!”, escreveu o presidente.
Majed Al-Ansari, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, disse que o acordo abrange todas as disposições e mecanismos para aplicação da primeira fase do cessar-fogo. Segundo ele, isso permitirá o fim da guerra e a entrada de ajuda humanitária em Gaza.
Cúpula
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, comemorou o acordo e ressaltou a libertação dos reféns mantidos pelo grupo palestino. O líder judeu disse ainda que se reunirá com a cúpula do governo na quinta-feira para a aprovação interna do tratado.
Em nota, o Hamas elogiou o trabalhou de Catar, Egito e Turquia na mediação do cessar-fogo e agradeceu os esforços de Trump para o fim definitivo da guerra. O grupo também pediu para que os países garantidores do tratado obriguem Israel a cumprir todos os termos.
“Reafirmamos que os sacrifícios do nosso povo não serão em vão, e que permaneceremos fiéis à nossa promessa, sem abrir mão dos direitos nacionais do nosso povo até alcançar liberdade, independência e autodeterminação”, afirmou o grupo insurgente.
A guerra entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro de 2023, quando os militantes do Hamas lançaram um ataque que resultou na morte de cerca de 1,2 mil pessoas e no sequestro de outras 251. Desde então, mais de 70 mil palestinos morreram em Gaza, segundo dados de autoridades ligadas ao Hamas.