Haddad foi o precursor da aproximação entre o PT e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (de saída do PSDB). Em setembro, os dois reuniram-se e selaram um pacto eleitoral para o segundo turno nas eleições estaduais. Na ocasião, a candidatura de Alckmin ao governo era quase certa.
Por Redação - de São Paulo
Ex-prefeito de São Paulo e virtual candidato do PT ao governo do Estado, o professor Fernando Haddad disse nesta quarta-feira, em suas redes sociais, que eleger Lula já no primeiro turno “é a forma mais segura, talvez a única, de termos uma oposição democrática ao governo, sepultando de vez o fascismo pilantra de BolsoMoro”.
Haddad foi o precursor da aproximação entre o PT e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin (de saída do PSDB). Em setembro, os dois reuniram-se e selaram um pacto eleitoral para o segundo turno nas eleições estaduais. Na ocasião, a candidatura de Alckmin ao governo era quase certa, mas agora o nome dele aparece nas cogitações para vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
— Sempre nos demos bem. Nos encontramos e combinamos de fazer uma campanha civilizada, torcendo para estarmos nós dois no segundo turno. Se não for possível, e o adversário for o candidato do Doria ou o do (Jair) Bolsonaro (PL), espero que contemos um com o apoio do outro — disse Haddad em setembro.
Evangélicos
O líder petista foi elogiado por Alckmin, que estuda deixar o PSDB por outra legenda partidária.
— Sempre me dei bem com Haddad. Ele foi prefeito e eu governador e tivemos relação respeitosa, de interesse público — concluiu Alckmin, em resposta.
Além da conversa com Alckmin, Haddad também participa nas articulações de Lula com o público evangélico, onde seu principal adversário cultiva aliados. Segundo o petista, o PT “não pode acreditar na história de que os evangélicos e as evangélicas são como se fossem um gado”.
Em recente entrevista, Lula disse ainda que é preciso lembrar que o segmento é de fiéis, pobre e periférica, beneficiada por políticas públicas iniciadas pelos governos petistas. O líder petista propôs, ainda, a criação de “um momento evangélico” na TV e na rádio do partido.
Esta, segundo o ex-presidente, seria uma forma de reverter a falsa premissa de que o verdadeiro cristão não vota na esquerda, martelada por vários dos pastores brasileiros, hoje alinhados a Bolsonaro. Trata-se de uma argumentação muito usada por religiosos alinhados ao Palácio do Planalto, liderados por Silas Malafaia.