De acordo com a reforma previdenciária proposta, parte da população se verá em sérias dificuldades ao se aposentar. O governo quer mudar, entre outros pontos, a idade para que idosos de baixa renda recebam o Benefício de Prestação Continuada (BPC), no valor de um salário mínimo, dos 65 anos para os 70 anos.
Por Redação, com agências internacionais - de Nova York, NY-EUA
Ministro da Economia, o empresário Paulo Guedes adiantou a investidores estrangeiros a intenção do governo de Jair Bolsonaro (PSL) de vender o patrimônio público que estiver ao seu alcance, caso a reforma da Previdência seja rejeitada no Congresso.
— Estamos vendendo. Já vendemos 12 aeroportos, concessões, estamos vendendo tudo! — afirmou Guedes, no almoço que participou, em Nova York, nesta quinta-feira.
Investidores
Segundo o ministro, é preciso "acelerar a privatização”.
— O Brasil ficou dormindo 10 anos — acrescentou.
O dinheiro da venda das empresas e investimentos brasileiros será usado para pagar a dívida interna, indicou.
— Nem todo o dinheiro será usado para reduzir a dívida porque quando o Banco do Brasil ou a Petrobras vendem partes de suas operações, uma porcentagem do dinheiro vai para os investidores privados — justificou.
Benefício
Durante o encontro, em conversa com um empresário, Guedes lembrou que se conheceram “há 30 anos”.
— E você tomou uma decisão muito inteligente, voou para fora do Brasil. Você foi muito esperto de morar fora do Brasil — elogiou.
De acordo com a reforma previdenciária proposta, parte da população se verá em sérias dificuldades ao se aposentar. O governo quer mudar, entre outros pontos, a idade para que idosos de baixa renda recebam o Benefício de Prestação Continuada (BPC), no valor de um salário mínimo, dos 65 anos para os 70 anos.
Novos prazos
Trabalhadores rurais, mulheres e homens, segundo o texto apresentado ao Congresso, passam a ter a mesma idade para aposentadoria: 60 anos. Atualmente, as mulheres no campo podem pedir aos 55 e homens, aos 60. O tempo de contribuição mínima passa de 15 para 20 anos.
Hoje, existem duas formas de se aposentar no Brasil. Uma por idade, com a exigência de ter 65 anos (homens) e 60 anos (mulheres), com no mínimo 15 anos de contribuição. A proposta aumenta a idade das mulheres para 62.
A outra maneira de se aposentar é por tempo de contribuição, quando não se exige idade mínima. Neste caso são necessários 35 anos (homens) e 30 anos (mulheres) de pagamentos ao INSS. O governo quer aumentar para 40.