O país governado por Putin não confirma a informação sobre a participação de tropas estrangeiras no front da guerra.
Por Redação, com CartaCapital – de Kiev
A Rússia iniciou uma “ofensiva intensa”, com o apoio das tropas norte-coreanas, na região russa de Kursk, que está parcialmente ocupada pelas forças ucranianas, afirmou nesta terça-feira o comandante do Exército ucraniano, Oleksandr Sirski.
A região russa de Kursk está parcialmente ocupada pelas forças ucranianas, que avançaram em uma ofensiva em agosto para combater a invasão russa, que começou em fevereiro de 2022.
“Há três dias, o inimigo executa operações ofensivas intensas na região de Kursk, usando ativamente unidades do exército norte-coreano, que sofreram perdas significativas, declarou Sirski durante uma videoconferência com líderes regionais, que foi exibida pela televisão ucraniana.
As agências de inteligência da Ucrânia, dos Estados Unidos e da Coreia do Sul afirmam que a Coreia do Norte enviou quase 10 mil soldados à Rússia para apoiar as tropas do Kremlin em território ucraniano.
– Os mercenários norte-coreanos já sofreram grandes perdas – afirmou Sirski, sem revelar mais detalhes.
O relato de que a Rússia passou à ofensiva em Kursk coincide com um boletim do exército de Moscou que afirma que suas tropas tomaram uma pequena cidade em Donetsk, na frente leste da Ucrânia, 10 quilômetros ao sul da cidade-chave de Kurakhove.
Soldados norte-coreanos
A Ucrânia afirmou na segunda-feira que suas tropas mataram ou feriram 30 soldados norte-coreanos mobilizados no oeste da Rússia, na região de Kursk, onde as forças ucranianas tomaram importantes faixas do território.
Milhares de soldados norte-coreanos reforçaram as tropas russas contra a Ucrânia, também na região fronteiriça de Kursk, onde as forças de Moscou enfrentam, há alguns meses, uma ofensiva surpresa de Kiev.
“Nos dias 14 e 15 de dezembro, unidades do Exército da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) sofreram perdas consideráveis perto das localidades de Plekhovo, Vorozhba e Martinovka, na região russa de Kursk”, afirmou o Serviço de Inteligência Militar (GUR) ucraniano no Telegram.
“Ao menos 30 soldados morreram ou ficaram feridos”, segundo o GUR.
A região russa de Kursk está parcialmente ocupada pelas forças ucranianas, que avançaram em uma ofensiva em agosto para lutar contra a invasão russa que começou em fevereiro de 2022.
As potências ocidentais afirmam que milhares de soldados norte-coreanos foram enviados à Rússia nas últimas semanas para ajudar as tropas do Kremlin, depois que Moscou e Pyongyang intensificaram os vínculos de defesa desde o início do conflito.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou no sábado que a Rússia começou a enviar soldados norte-coreanos em operações contra posições ucranianas na região de Kursk.
Ele disse que os russos começaram a mobilizar uma quantidade significativa de “soldados norte-coreanos em ataques” em Kursk.
Zelensky afirmou ter informações de que as tropas norte-coreanas podem ser “utilizadas em outras partes da frente” de batalha e que os contingentes sofreram “baixas importantes”.
Uma fonte do Exército ucraniano disse à AFP em novembro que Kiev controla 800 km² de território nesta região russa, contra o máximo de 1,4 mil km² que afirma já ter controlado.