Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Governo italiano pressiona UE para apoiar missão no Mar Vermelho

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Segunda, 22 de Janeiro de 2024 às 13:00, por: CdB

Os signatários do documento, no que diz respeito à missão no Mar Vermelho, convidam, portanto, o alto representante da UE a implementar todos os esforços diplomáticos possíveis para garantir que as atividades da operação sejam realizada na região e fora dela.


Por Redação, com ANSA - de Roma


Os governos de Itália, Alemanha e França apresentaram nesta segunda-feira um documento aos ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE), em Bruxelas, para apontar a necessidade de uma missão militar para garantir a segurança mercantil no Mar Vermelho, palco de recorrentes ataques do grupo iemenita houthi.




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Itália enviou proposta para ser discutida na UE

"Dada a gravidade da situação atual e os nossos interesses geoestratégicos, é importante que a UE demonstre a sua vontade e capacidades para atuar como protagonista na segurança global, inclusive no setor marítimo", diz o texto.


Segundo a proposta, "a missão estará alinhada com a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos do Mar e será defensiva".


A iniciativa destaca "a importância de utilizar as estruturas e capacidades já existentes" da missão Emasoh/Agenor, no Estreito de Ormuz.


"As tensões contínuas na região correm o risco de ter repercussões negativas na economia global, causando um aumento nos custos de transporte e nos prazos de entrega de mercadorias", acrescenta.


Os países ressaltam ainda que, se os conflitos forem prolongados, "poderão ter potenciais efeitos desestabilizadores em alguns países, como o Egito, cujo orçamento depende em grande parte das receitas provenientes de trânsitos através do Canal de Suez - o Egito arrecadou cerca de 8,6 bilhões de euros no ano fiscal de 2022-2023".


Além disso, Roma, Paris e Berlim recordam as duas missões implementadas até agora pela UE na área de segurança da navegação: operação Atalanta, contra a pirataria somali, e operação Emasoh/Agenor, no Estreito de Ormuz.



União Europeia


Os signatários do documento, no que diz respeito à missão no Mar Vermelho, convidam, portanto, o alto representante da UE a implementar todos os esforços diplomáticos possíveis para garantir que as atividades da operação sejam realizada na região e fora dela.


Do ponto de vista operacional, os governos pedem aos outros Estados-membros "para considerarem favoravelmente a sua participação, com meios navais ou contribuições de pessoal, como um sinal tangível de apoio ao objetivo político comum de proteger a liberdade de navegação e de defender o direito internacional" .


Por fim, enfatizam que "a operação poderá ser lançada em aplicação do artigo que diz que para missões deste tipo "o Conselho pode confiar a execução de uma tarefa a um grupo de Estados-membros que desejam fazê-lo e que possuem as capacidades necessárias para realizar esta tarefa".


Nas últimas semanas, o grupo iemenita houthi vem realizando diversos ataques contra navios mercantis direcionados a Israel, de forma a mostrar solidariedade com a causa palestina, em meio ao conflito entre o governo do premiê Benjamin Netanyahu e o Hamas na Faixa de Gaza.




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