A Polícia Federal (PF) já havia indiciado, em março, tanto Bolsonaro quanto o tenente-coronel Mauro Cid; além de outras 15 pessoas, por crimes como inserção de dados falsos no sistema de informação e associação criminosa. Na época, o relatório da PF apontou que a ordem para cometer a fraude partiu de Bolsonaro.
Por Redação - de Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) registou, nesta quarta-feira, o ofício do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que visa ampliar as investigações sobre a falsificação de certificados de vacina de Jair Bolsonaro (PL) e aliados. Gonet quer mais informações sobre os crimes cometidos, para uma eventual denúncia.
A Polícia Federal (PF) já havia indiciado, em março, tanto Bolsonaro quanto o tenente-coronel Mauro Cid; além de outras 15 pessoas, por crimes como inserção de dados falsos no sistema de informação e associação criminosa. Na época, o relatório da PF apontou que a ordem para cometer a fraude partiu de Bolsonaro.
O pedido de Gonet objetiva definir se o grupo responsável pela falsificação dos certificados estava planejando um golpe de Estado, no Brasil, para um eventual retorno do ex-mandatário neofascista ao país. A solicitação de uma investigação mais detalhada tem por objetivo justamente reunir provas para denunciar Bolsonaro ao STF também por tentativa de ruptura violenta do Estado democrático e de Direito.
Delitos
A inclusão do elemento "golpe de Estado" representaria uma nova linha na investigação, correlacionando a falsificação do cartão de vacina com os eventos que levaram ao 8 de janeiro de 2023. Ao correlacionar os crimes, Gonet busca dar mais “peso” à gravidade dos delitos de Bolsonaro.
Um julgamento e uma virtual prisão do ex-mandatário seriam, no caso do cartão de vacina, mais fracos no ponto de vista do debate público. O elemento do “golpe de Estado” daria mais peso à decisão.
A PGR também espera receber da PF um novo pedido de indiciamento de Bolsonaro e outros supostos criminosos no caso da venda de joias nos Estados Unidos. A expectativa é que o caso vire uma denúncia ao STF até meados deste ano.