Lucimar, que jamais havia entrado em um carro de polícia, ou numa delegacia, se viu ainda nesta função: oficializar o maior ataque a honra que uma pessoa honesta pode ser submetida.
Por Fábio Lau - do Rio de Janeiro
Professora, pedagoga, coordenadora de creche, Lucimar Cunha foi barrada na saída do supermercado Rede Economia, da Rua Barão de Mesquita 764, na Tijuca:
- A senhora não está esquecendo de pagar nada?
Ela, refeita do susto, respondeu:
- Posso abrir a bolsa. Mas se não tiver nada só vou sair daqui com a polícia e o senhor vai junto.
Delegacia
A bolsa foi aberta e o gerente, que tudo acompanhou, propôs um acordo para evitar um “escândalo “:
- Tem acordo para a humilhação que você está me fazendo passar? Eu respondo para o senhor: não tem. Vocês me chamaram de ladra. E não terá acordo que irá atenuar meu sofrimento.
Lucimar, que jamais havia entrado em um carro de polícia, ou numa delegacia, se viu ainda nesta função: oficializar o maior ataque a honra que uma pessoa honesta pode ser submetida.
A Rede Economia vai divulgar a nota protocolar: “a empresa abomina qualquer tipo de discriminação ou preconceito e já colocou um corpo para assistir a vítima. E blá-blá-blá!”
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