Géssica Barbosa estava presa, provisoriamente, sem nenhuma justificativa, no 89º Distrito Policial. Ambos foram detidos por envolvimento no incêndio da estátua. Porém, na hora do protesto, no início da tarde do último sábado, ela estava em casa, cuidando da filha do casal, de 3 anos.
Por Redação - de São Paulo
A Justiça paulista decidiu, neste sábado, manter a prisão provisória, sem data para acabar, do entregador de aplicativo Paulo Roberto da Silva Lima, o ‘Galo’. Ele é acusado de atear fogo na estátua do bandeirante escravagista Borba Gato, na capital paulista. Na véspera, a mulher dele, Géssica Silva Barbosa, foi liberada da cadeia, uma vez que sua detenção foi considerada ilegal.
Segundo o advogado do casal, Jacob Filho, Barbosa já está em casa, de volta aos seus filhos.
— Ela está em liberdade provisória e saiu, não por meio de habeas corpus (HC), mas pelo pedido de revogação da prisão — esclareceu.
Géssica Barbosa estava presa, provisoriamente, sem nenhuma justificativa, no 89º Distrito Policial. Ambos foram detidos por envolvimento no incêndio da estátua. Porém, na hora do protesto, no início da tarde do último sábado, ela estava em casa, cuidando da filha do casal, de 3 anos.
Pedido de HC
Segundo Jacob Filho, a polícia a envolveu no caso porque o celular usado por Galo, com mensagens sobre a organização do ato, está no nome dela.
A Justiça do Estado de São Paulo havia expedido mandado de prisão contra Galo e Géssica na quarta-feira. Naquele dia, o entregador se apresentou voluntariamente ao 11º Distrito Policial de Santo Amaro, zona sul da capital paulista. Ele assumiu a autoria do protesto e se colocou à disposição para esclarecimentos tendo, inclusive, corrigido o endereço de sua residência registrado no mandado de busca e apreensão.
Apesar de tudo isso, Galo permanecia preso até a tarde deste sábado. Em relação à situação do ativista, segundo o advogado, não há novidades.
O casal responde por incêndio, associação criminosa e adulteração de placa de veículo. Na decisão que concedeu liberdade a Géssica, a juíza Gabriela Marques da Silva Bertoli, responsável pelo caso, afirmou que além dos depoimentos dos envolvidos confirmando que ela não participou do protesto, “a equipe investigativa constatou que seu aparelho telefônico encontrava-se nas proximidades de sua residência”.