Rio de Janeiro, 29 de Março de 2025

G20: ”Não há paz no mundo se não houver equilíbrio”, afirma Celso Amorim

O encontro acontece na Zona Portuária da Cidade e antecede a cúpula de chefes de Estado do grupo, marcada para os próximos dias 18 e 19. Amorim participou da Plenária sobre reforma da governança global, uma das prioridades da Presidência brasileira do G20.

Sexta, 15 de Novembro de 2024 às 17:37, por: CdB

O encontro acontece na Zona Portuária da Cidade e antecede a cúpula de chefes de Estado do grupo, marcada para os próximos dias 18 e 19. Amorim participou da Plenária sobre reforma da governança global, uma das prioridades da Presidência brasileira do G20.

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro

Assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, o diplomata Celso Amorim, ao participar na manhã desta sexta-feira do G20 Social, avaliou que não haverá paz no mundo “se não houver equilíbrio”.

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Amorim foi o chanceler brasileiro durante todos os mandatos anteriores do presidente Lula

— Por isso que o Brasil e outros países têm defendido o conceito de multipoaridade — acrescentou.

O encontro acontece na Zona Portuária da Cidade e antecede a cúpula de chefes de Estado do grupo, marcada para os próximos dias 18 e 19. Amorim participou da Plenária sobre reforma da governança global, uma das prioridades da Presidência brasileira do G20.

 

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Avanço

Amorim afirmou, ainda, que a criação do G20 foi “um passo extraordinário” para mudar a estrutura de poder, incluindo países em desenvolvimento e do Sul Global nas tomadas de decisões, mas afirmou que o G20 ainda pode avançar.

— Se o G20 fosse um pouquinho menos europeu e mais africano seria mais próximo da realidade. Mas o G20 está próximo desse equilíbrio — avaliou.

Segundo o ex-chanceler, a importância de fortalecer o G20 e o BRICS reforça a busca pelo multilateralismo, em uma crítica ao sistema atualmente vigente.

— A carta das Nações Unidas começa com ‘Nós, os povos’, mas é mentira. Os povos não estão lá — realçou.

 

Recado

Amorim também enfatizou que “trabalhar pela paz não é só defender um ideal pacífico”, sendo necessária também a busca pelo equilíbrio. O assessor especial da presidência encerrou sua fala com um recado aos jovens presentes na plenária.

— Persistam, porque isso que está acontecendo é uma revolução, tornar a Carta da ONU, o que (ela) diz em seu princípio, uma realidade — reforçou.

Além de Amorim, participaram da plenária Yildiz Temürtürkan, coordenadora internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM); Ha Joon Chang, economista e autor do best-seller Chutando a Escada; e Antonio Lisboa, representante da Sindical Internacional (CSI).

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