Além dessas restrições a empresas de tecnologia, há um projeto em andamento que revogaria vistos para membros do PCCh e seus familiares. A medida poderia ser aplicada a 92 milhões de membros do partido.
Por Redação, com agências internacionais - de Nova York, NY-EUA
O governo dos Estados Unidos planeja editar, ao longo dos próximos dias, uma nova série de sanções contra o Partido Comunista Chinês (PCCh), após anunciar restrições mais drásticas à concessão dos vistos de entrada para empregados de companhias tecnológicas da China no país. Desta vez, nas barreiras a serem decretadas, a administração do presidente Donald Trump planeja atingir a entrada de integrantes do PCCh, nos EUA.
Trata-se de mais um capítulo nas relações tensas entre os dois países, que têm se agravado durante a gestão do presidente Trump.
"Os Estados Unidos da América há muito tempo são um farol de esperança para os povos mais oprimidos do mundo e uma voz para aqueles que foram silenciados. Temos sido especialmente sinceros sobre os abusos aos direitos humanos cometidos pelo Partido Comunista Chinês, que estão entre os piores do mundo.
“Hoje, o Departamento de Estado está impondo restrições de vistos a certos funcionários de empresas de tecnologia chinesas que fornecem apoio material a regimes que praticam violações de direitos humanos globalmente", diz uma nota do governo dos EUA.
Domínio
O diário norte-americano The New York Times (NYT) revela em reportagem publicada neste domingo que, além dessas restrições a empresas de tecnologia, há um projeto em andamento que revogaria vistos para membros do PCCh e seus familiares. A medida poderia ser aplicada a 92 milhões de membros do partido.
A proibição, segundo o NYT seria semelhante à que foi emitida a pessoas de países de maioria muçulmana em 2017, impedindo a entrada de estrangeiros considerados "prejudiciais aos interesses" dos EUA.
Recentemente, o procurador-geral dos EUA, William Barr, acusou o Partido Comunista Chinês de tentar alcançar o domínio econômico, político e cultural. Segundo ele, a estratégia está sendo incentivada por Hollywood, empresas de alta tecnologia e líderes empresariais dos EUA, que fariam lobby em favor de Pequim.
— A ambição final dos governantes da China não é negociar com os Estados Unidos. É invadir os Estados Unidos — resumiu, em um discurso.