Washington autoriza oficialmente nomeação do filho do presidente para o comando da embaixada brasileira no país. Alvo de críticas no meio político e diplomático, indicação ainda precisa ser aprovada no Senado.
Por Redação, com DW - de Washington
Os Estados Unidos formalizaram seu aval para a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) como embaixador em Washington, informou o governo brasileiro nesta sexta-feira. Washington concedeu a autorização, agrément, na linguagem diplomática, após consulta enviada pelo Itamaraty no final de julho ao Departamento de Estado americano. A resposta favorável da Casa Branca à indicação do filho do presidente Jair Bolsonaro já era esperada. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmara no final de julho ter certeza de que o nome seria aprovado por Washington. Araújo já foi informado do aval americano, que chegou na quinta-feira. Agora, o presidente deve fazer a indicação formal de Eduardo Bolsonaro para o posto. Depois, Eduardo deve passar por sabatina na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado antes de seu nome ser submetido à votação no plenário da Casa. Para a aprovação, é necessária a maioria entre os 81 votos dos senadores. Com 35 anos, Eduardo Bolsonaro tem a idade mínima estabelecida pela lei brasileira para embaixadores. Deputado federal em segundo mandato e chamado de "03" pelo pai, ele é escrivão concursado da Polícia Federal. Não possui nenhuma formação na área internacional, mas é membro da Comissão de Defesa e Relações Exteriores da Câmara e exerce influência sobre a política externa do governo do pai, além de acompanhar o presidente em viagens internacionais, tal como ocorreu no Fórum Econômico de Davos e na cúpula do G20 no Japão.